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Os vinhos rosés

“A primavera chegará, mesmo que ninguém saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la…” Cecília Meireles

Os vinhos rosés são a “cara” da estação. Por serem servidos mais frescos, são perfeitos para nosso clima, onde temos calor praticamente o ano todo. Vítima de preconceitos, uns olham e acham que são doces e outros pensam tratar-se de um vinho sem corpo e acidez. Também pudera, durante muito tempo a maior parte dos vinhos rosés disponíveis eram de baixa qualidade. Porém, essa história mudou. Hoje encontramos vinhos rosés de excelente qualidade, provenientes das regiões do Rhône, Loire, Provence e Languedoc na França.

Os “blush” como são chamados os rosés nos Estados Unidos, os portugueses e espanhóis também estão mais acessíveis a nós. Pela sua cor, os vinhos rosés aproximam-se dos tintos pelo seu caráter gustativo dos brancos. A coloração dos rosés pode variar do rosa clarinho ao vermelho opaco.

A cor do vinho rosé não é indicativo de corpo. Há rosés de cor intensa leves e rosés de cor clara (cor de casca de cebola) bem estruturados e robustos. Podemos dizer que temos 2 famílias de vinhos rosés. Uma com vinhos mais leves, com acidez marcada, refrescantes e fáceis de beber (Loire, Provence e Navarra) e outra com vinhos rosés mais estruturados e com mais corpo (Rhône e Austrália), com sabores mais ricos e profundos, quase de vinho tinto.

Existem três métodos para elaborar os vinhos rosés:

– A sangria, que consiste em tirar de uma cuba destinada à vinificação de vinhos tintos, certa porção de sumo, após alguma horas de maceração. A parte retirada, a “sangria” é fermentada separadamente dando origem ao vinho rosé.

– A prensagem, que consiste em prensar diretamente uvas tintas, o que é suficiente para colorir o mosto, após prossegue-se a vinificação com uma maceração curta. Esse método tem como objetivo o acordo perfeito entre o sumo da uva e a casca.

-Por fim, a Mistura ou “assemblage”, que como nome já diz, consiste em misturar vinho tinto com vinho branco. Na França a única região onde a “mistura” é permitida é em Champagne.  Em alguns países esse método é utilizado para elaboração de vinhos de pouca qualidade.

Na hora da harmonização os vinhos rosés são muito versáteis. Ficam na medida certa com os aperitivos, peixes, carnes magras, massas e pizzas. Com camarões, lulas, frios e embutidos. Também são ideais para acompanhar a clássica paella. Saúde e seja bem vinda “nossa temporada das flores”, como cantou Leoni!

Sou fã:

Kranz Rose, Santa Catarina Brasil – R$ 40,00 *MV
Carm, Douro, Portugal – R$ 69,00 * MV
La Flor, Mendoza, Argentina – R$ 69,00 * MV
Château Correnson, Tavel, França – R$ 79,00 * CTV
Château de Sarrins, Côtes de Provence, França – R$ 95,00 *CTV
Champagne Rosé Bruno Paillard, Champagne, França – R$ 353,00 *CTV
*MV – Mondovino – Rua Nelson Tarquino, 150/Lj. C, Recreio – Tel.: 2497-4211
*CTV – Club du Taste-Vin – Tels.: 2633-8866/3630-0607

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