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Encontrando a melhor forma de se recolocar no mercado de trabalho

foto: divulgação
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A crise que assola o país, nos últimos tempos, afeta e aflige muitas famílias. E, infelizmente, pela natureza de minha profissão, não são poucas as pessoas que me procuram, pedindo ajuda para encontrar um emprego.

Algumas o fazem pessoalmente, outras por telefone, umas por e-mail e algumas através das redes sociais, como foi o caso da pessoa que me mandou a seguinte mensagem pelo Linkedin: “Preciso de um trabalho”. A pessoa em questão, cuja identidade eu omiti por questões éticas, tem elevadas qualificações técnicas, mas não tem uma abordagem adequada para alcançar o seu grande objetivo de se recolocar no mercado.

Assim como as empresas, pessoas precisam aprender a fazer o seu marketing pessoal, caso contrário, não conseguirão vender a si próprios.

A resposta que dei ao meu interlocutor, para o qual desejo todo sucesso, ilustra o caso em questão. Vejam o diálogo.

“Fulano, bom dia. Desculpe-me pela intromissão em sua abordagem e imagino o difícil momento que você está vivendo. Mas como trabalho em gestão de pessoas, com treinamentos e coaching, vejo que a maneira que você escolheu para abordar o assunto talvez não contribua muito para você atingir o seu objetivo, que é a recolocação no mercado de trabalho. Então, estou sendo ousado em sugerir a você uma forma diferente e espero que entenda que a intenção é a melhor possível. Se você não quiser recebê-la, você tem a opção de não continuar lendo e de deletar agora esta mensagem. Neste caso, me perdoe pela intromissão.

Se você chegou até aqui é porque quer melhorar, e para isso precisará mudar o conteúdo da mensagem. Quando você diz “preciso de um trabalho” é o mesmo que “pedir que alguém lhe faça um favor”. Sabemos que trabalho é diferente de emprego. Enquanto o emprego é a garantia apenas de uma posição remunerada, o trabalho é gerador de um valor para o qual se paga com remuneração.

Porém, mesmo que o pedido não tenha sido para ter um emprego, você esqueceu o principal e que gera a vontade em contratá-lo: dizer aquilo em que você é bom, aquilo que você sabe fazer melhor do que a maioria e aquilo que você pode gerar de valor para a empresa que o contrata.

Por exemplo, se você dissesse “sou capaz de gerenciar uma equipe de vendas de varejo e posso, com minha experiência, ajudar a alavancar as suas vendas”, você estaria mostrando o que pode entregar para a empresa em troca de uma remuneração.

Esta é a forma ideal para que você se venda, faça o seu marketing pessoal. Precisamos saber como nos vender, assim como organizações também precisam disto. Nenhuma empresa vende produtos e serviços. Elas vendem benefícios e vantagens.

Uma sapataria não vende sapatos e sim o conforto, a beleza, o status, a economia de custos, a proteção para os pés. Da mesma forma, profissionais não vendem títulos de formação educacional e nem mesmo seus anos de experiência em uma determinada função. Conheço muitos profissionais que passaram anos no mesmo cargo e pouco ou quase nada produziram a mais do que era esperado deles.

Assim, sugiro que pense o que você tem a oferecer para as empresas e que o destacaria no mercado de trabalho. Mostre suas conquistas e seus melhores resultados. Procure resumir isto em poucas palavras, porque, infelizmente, contratantes não têm muito tempo para gastar com mensagens muito longas, mesmo que o seu conteúdo seja muito importante.

Não posso garantir que você conseguirá o seu trabalho da noite para o dia, mas o caminho para ele, certamente, será menos tortuoso.

Boa sorte e sucesso.”

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