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Hirsutismo, você sabe o que é?

Photo credit: LordFerguson via Visual hunt /  CC BY-SA
Photo credit: LordFerguson via Visual hunt / CC BY-SA

Em tempos guiados por excessivos padrões de beleza, mulheres se encontram cada mais inteiradas com procedimentos estéticos e cirúrgicos. Contudo, diversas pacientes, ao procurarem uma clínica, buscam uma solução rápida para seu incômodo sem se preocupar com o mais importante: a causa de tal problema.

Esta afirmativa é muito comum para as pacientes hirsutas, as quais possuem um crescimento excessivo de pelos terminais, em áreas anatômicas de distribuição masculina. Muitas destas pacientes só percebem tal incômodo em épocas de verão ou férias, quando, ao procurarem regiões de altas temperaturas, ricas em praias, vão aderir a um vestuário mais liberal e atividades ao ar livre.

Todavia, muitas das vezes o hirsutismo pode passar despercebido pelo fato de possuir diversas pontuações de crescimento do pelo, a chamada Sistema Modificado de Pontuação Ferriman e Gallwey. Sendo assim, se a paciente se encontrar na primeira pontuação, é possível que ela nunca descubra que é hirsuta. Contudo, o problema se encontra justamente aí, o hirsutismo não é apenas um incômodo estético, ele se trata de um problema muito amplo, com causas idiopáticas, farmacológicas, hormonais, entre outras que serão discutidas a seguir.

O fato determinante no diagnóstico é avaliar uma mudança na forma e na taxa de crescimento do pelo. Ultimamente, têm sido desenvolvida formas para avaliar o hirsutismo com um equipamento de vídeo e software de computador, mostrando o desenvolvimento do pelo, e assim se demonstra uma diferença significativa na forma de cabelo e taxa de crescimento entre as mulheres com hirsutismo e não hirsutismo.

É preciso que essa paciente seja acompanhada de perto, porque, embora o hirsutismo seja o resultado de processos benignos, continua sendo fundamental determinar a etiologia exata, pois esta anomalia pode ser o primeiro sinal de uma doença mais grave, tal como uma neoplasia subjacente.

Cerca de 20% das pacientes com esta anomalia podem apresentar hirsutismo idiopático, com níveis de andrógenos e função ovariana normais. Já as que possuem um aumento na produção de andrógenos podem estar desenvolvendo processos benignos, como síndrome de ovário policístico e hiperplasia adrenal congênita.

Causas mais raras da anomalia incluem prolactinomas benignos, síndrome de cushing, acromegalia, resistência à insulina relacionada com a obesidade, entre outros. Em adição, o hirsutismo está associado ao impacto na autoestima, na qualidade de vida, e na identidade feminina.

Tendo em vista todos estes fatores, é de suma importância que todas as mulheres mantenham seus exames de sangue e perfil hormonal em dia, além de exames de imagem como, por exemplo, tomografia computadorizada, ultrassom ou ressonância magnética pélvica para identificar possíveis tumores virilizantes do ovário.

Sendo assim, podemos concluir que o hirsutismo é um problema clínico comum entre mulheres, derivado de diversas causas que são benignas, mas se não tratadas podem levar a quadros malignos, além de diminuir a qualidade de vida da paciente hirsuta.

Existem diversos tratamentos disponíveis atualmente no mercado, dentre eles a depilação a laser se encontra entre os mais procurados devido à sua eficácia e longa duração.

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