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Cromossomo 21: um romance inesperado

Daniela Andrade presente na pré-estreia do filme representando a Utilità (foto: reprodução)
Daniela Andrade presente na pré-estreia do filme representando a Utilità (foto: reprodução)

“O que você faria se fosse impedido de amar?” Além de ser a frase pontapé para o projeto ganhar força e virar um longa-metragem, essa foi a frase que inspirou Alex Duarte ao produzir o filme Cromossomo 21. A ideia surgiu há sete anos, quando ele mergulhou, pesquisou e se envolveu no tema com o lançando em 2015 do livro duplo: “21, do diagnóstico à independência” e “Cromossomo 21”.

Contando a história da jovem Vitória, interpretada por Adriele Pelentir, atriz e nutricionista com Síndrome de Down, apaixonada por Afonso, ela tem um único medo: perder seu grande amor por preconceitos. “A síndrome de Down é só um detalhe. A gente quis apresentar uma história de amor e possibilidades e como a sociedade se coloca diante do que é diferente”, conta o roteirista, diretor e produtor do filme independente. Com pré-estreia no Festival de cinema de Gramado em 2016, o filme já ganhou dois prêmios, como melhor filme no Festival Internacional de Punta del Este e como filme destaque em Hollywood no Los Angeles Brazilian Film Festival.

Alex, que já esteve no Haiti documentando a Missão de Paz da ONU, conta que foram seis anos de preparação para o longa: “A preparação para o roteiro foi buscada nos livros e nas conversas. Busquei escutar e aprender com gente que acredita e opera no campo das possibilidades. Quando me dispus a fazer um filme que retratava de certa maneira a Síndrome de Down, estava ciente de que deveria estudar muito. Fiz diversas leituras e participei de congressos”. Atualmente, ele dá palestras em eventos relacionados à deficiência intelectual, mas completa: “Entretanto, meu maior aprendizado não está nas teorias ou nas obras literárias. Está na prática, quando dei minha qualidade de atenção ao ouvi-los e entendê-los”, diz Alex.

Ele também esclarece que o filme não será uma releitura do livro duplo, que de um lado tem a história do filme e do outro a sua experiência em seis anos viajando por 18 estados do Brasil e alguns países relatando histórias reais de jovens com Síndrome de Down. “O livro tem uma proposta diferente. O projeto visa ainda fortalecer os pais, empoderar os jovens com Síndrome de Down e, através do audiovisual, provocar a reflexão das pessoas sobre deficiência e inclusão”, explica.

Então, voltando ao início, responda: “o que você faria se fosse impedido de amar?” O filme estreia dia 30 de novembro, em sete capitais do Brasil (Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Curitiba, Salvador, Belo Horizonte e Porto Alegre), através do Itaú Cinemas. Os ingressos já podem ser adquiridos pelo site: http://www.itaucinemas.com.br/filme/cromossomo-21. “A pergunta é, quando você assistir, qual o seu ponto de vista? Por mais que se trate uma ficção, os diálogos e as cenas do longa foram construídos sobre a ótica de pensamento de uma jovem com Síndrome de Down, que só quer amar e ser feliz. Quem não quer?”, finaliza o autor da obra.

cromo - interno

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