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Neuropedagoga afirma: cérebro se esforça mais quando a pessoa mente

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Podemos definir mentira como qualquer forma de comportamento que comunica aos outros informações falsas ou que serve para ocultar informações verdadeiras. Neste sentido, mentir pode ser um ato consciente ou não.

A mentira, ou o comportamento de enganar os outros, é um padrão de comportamento que está amplamente difundido na natureza. Animais e até plantas se disfarçam para evitar predadores ou para enganar as presas.

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Mentir é um comportamento muito mais corriqueiro do que imaginamos.

Em humanos, além da mentira para enganar os outros, existem variadas formas de autoengano, um tipo de mentira em que a pessoa engana a si mesma, declarando não ter conhecimento de uma informação – embora o seu comportamento revele o contrário.

Mentir é um comportamento muito mais corriqueiro do que imaginamos, como revelaram pesquisas nas quais os participantes eram observados durante conversas e mentiam, pelo menos, uma vez a cada oito minutos. A maioria das mentiras não era grave: em geral, refletiam desculpas para comportamentos socialmente censurados.

O comportamento de mentir evoluiu em função das vantagens de sobrevivência e reprodução que nossos antepassados obtiveram ao enganar os outros. Mentir também é um comportamento adaptativo em ambientes atuais e acaba sendo um componente central de nossas interações sociais, em certa medida.

Despistar as intenções, esconder certas informações ou persuadir fazem parte do jogo social de pessoas saudáveis, embora, claro, os psicopatas usem muito mais estes recursos para manipular de forma maquiavélica, sem consideração pelos outros.

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Mentir requer mais processamento e esforço do cérebro do que falar a verdade.

Um estudo em Neurociências, utilizando ressonância magnética funcional, procurou mapear os circuitos neurais envolvidos na mentira. Quando o indivíduo mentia, a atividade dos neurônios das regiões dos córtex pré-frontal associava-se à capacidade de inibição, enquanto o giro do cíngulo anterior estava associado ao direcionamento da atenção e controle dos impulsos, que são faculdades necessárias para que o cérebro possa impedir o surgimento da verdade. Portanto, mentir requer mais processamento e esforço do cérebro do que falar a verdade.

Neste sentido, mentir para si mesmo pode ser uma estratégia que evoluiu para enganar melhor os outros na complexa sociedade dos primatas com maior cérebro e maior grupo social de todos os seres humanos.

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