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Outubro rosa – Fiquem atentos, todos os detalhes importantam

Não existe um consenso mundial sobre a idade e a periodicidade dos exames para a investigação do câncer de mama nas mulheres assintomáticas. No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda que mulheres entre 50 e 69 anos façam mamografia a cada dois anos. No entanto, a importância desse combate não se limita apenas aos diagnósticos: quanto antes descobrir a predisposição a ter a doença, melhor, e a tecnologia contribui com essa questão por meio do mapeamento genético.

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Entrada do Lach, laboratório e clínica no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro. Foto: Ricardo Amaral

 

Bárbara Pereira, biomédica responsável pelo setor de análises clínicas do Lach, laboratório e clínica no Jardim Botânico, Rio de Janeiro – explica que o nosso corpo é formado por trilhões de células, todas dotadas de um núcleo. Lá está o nosso código genético, o DNA. E o mapeamento genético é uma estratégia que permite uma análise do DNA.

“O novo exame de GENOMA COMPLETO é possível descobrir determinadas doenças genéticas a partir do DNA, como por exemplo tumores. O teste avalia todas as variações, auxiliando na prevenção e verificando a predisposição de timores, como o de câncer de mama”, explica a especialista em Imuno hematologista pela UFRJ.

Os testes genéticos existentes no Brasil podem indicar risco a doenças, mas também investigar as origens do DNA, como os testes nuclear, o mitocondrial e o cromossomo Y. No caso do nuclear, analisa a maior parte do DNA que temos, que está no núcleo da célula, e afirma a ancestralidade do indivíduo.

A cada ano são diagnosticadas mais de 12 milhões de pessoas com câncer no mundo. No Brasil, esse número chega a mais de 600 mil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). O câncer pode ser potencialmente grave e até fatal, mas na maioria das vezes trata-se de uma doença curável, especialmente quando diagnosticada precocemente. Com o teste genético, a pessoa consegue descobrir o risco de desenvolver a doença com muito mais tempo para se prevenir.

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Com a identificação da mutação, o paciente pode procurar seu médico para fazer um monitoramento mais detalhado. Foto: Daniel Castelo Branco 

Ainda de acordo com o INCA, um a cada quatro casos de câncer de ovário e um a cada dez casos de câncer de mama estão relacionados a alterações genéticas hereditárias, ou seja, herdadas pelos pacientes, o que demonstra a importância do mapeamento genético para prevenção, diagnóstico precoce e tratamento da doença.

Mapeamento genético no combate ao câncer

O exame pode identificar risco a cinco tipos de câncer: de Mama (feminino e masculino), ovário, próstata, colorretal, de pele (melanoma e endométrio), mas também outros riscos, como triglicerídeos altos, colesterol alto e doença de Wilson (uma doença hereditária que provoca um acúmulo excessivo de cobre nos órgãos).

Além disso, o mapeamento genético pode prevenir milhões de futuros casos de câncer. Com a identificação da mutação, o paciente pode procurar seu médico para fazer um monitoramento mais detalhado para a detecção precoce da doença. Este acompanhamento inclui medidas como: iniciar exames clínicos, indicar o uso de medicamentos e até cirurgias preventivas, tais como uma mastectomia bilateral, além de alertar seus familiares sobre o risco.

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Os testes genéticos existentes no Brasil podem indicar risco a doenças, mas também investigar as origens do DNA. Foto: Daniel Castelo Branco

Prevenção e tratamento

No caso do câncer, esse tipo de exame pode nortear medidas de prevenção e tratamento. Além disso, tais informações podem servir de base para a criação de políticas públicas específicas para cada grupo de pacientes.

 

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