Agora que o ano letivo está no fim, começa a corrida da matrícula escolar. Nisso tudo, o impacto no orçamento familiar em torno dos estudos dos filhos é algo que deve ser planejado. Para ajudar, o educador financeiro Reinaldo Domingos dá diversas dicas.
De acordo com o especialista, o primeiro passo é levar em conta aspectos que vão além das questões geográficas e financeiras.
-É essencial estudar a fundo a instituição que seu filho vai frequentar, colocar na balança todos os pontos para ver se tal local realmente é adequado para prepará-lo para a fase adulta – comenta.
Outra situação que deve ser avaliada é o que a escola chama de diferenciais.
– Por exemplo, diversos colégios oferecerem aulas de educação financeira, o que permite que jovens concretizem sonhos e consumam de maneira consciente e isso deve ser considerado pelos pais. Contudo, há ainda outros diferenciais e eles devem ser questionados antes mesmo da matrícula – afirma Domingos.
A opinião dos filhos a respeito da escola também precisa ser ouvida, ao mesmo tempo, a questão financeira aliada a isso também deve fazer parte do processo de planejamento da matrícula escolar.
-Converse com as crianças para saber como elas estão no colégio no dia a dia, se gostam de estar lá e se querem continuar, mas também veja se você tem condições de pagar a mensalidade e todas as outras despesas, tais como uniforme, material, transporte e lanches – diz ele.
Matrícula escolar exige diagnóstico financeiro
Reinaldo Domingos ressalta que antes de matricular o filho em qualquer colégio é preciso fazer um diagnóstico da vida financeira da família para perceber a real e atual situação.
– Quando a família tem uma poupança, contas planejadas e uma condição confortável, tudo fica mais fácil, mas se as contas estiverem apertadas, é preciso ter atenção, pois um passo em falso pode já trazer uma dívida, já que não existem reservas – comenta.
Pagar atrasos antes da matrícula escolar
Caso as mensalidades estejam em atraso, a situação financeira esteja apertada e você está praticamente sem dinheiro para pagar as dívidas com o colégio, é hora de ser franco e tentar parcelar tudo para não comprometer tanto o orçamento a ponto de chegar à inadimplência. Se não der, faça uma reunião com o diretor e tente renegociar. Se for importante continuar nessa instituição, tente uma bolsa.
-Se a situação é de endividamento, questione se os filhos precisam continuar na atual instituição de ensino, mas se for essencial que continuem nela, então vale tentar uma bolsa. Só lembre-se de que os estudos são investimento, é a base das crianças, então devem ser priorizados – afirma Domingos.