Para começar é importante afirmar que o CDI é a principal referência de rentabilidade das aplicações de renda fixa e entre a inúmeras siglas que temos no mercado financeiro é uma das mais famosas.
O CDI (Certificado de Depósito Interbancário) é um título de curto prazo emitido pelos bancos e utilizado para captar recursos financeiros. Uma característica importante dele é que nunca será ofertado diretamente aos investidores individuais, ele serve para que os bancos emprestem e tomem recursos entre si de um dia para o outro. De modo geral, a taxa funciona como um empréstimo entre as instituições financeiras.
O BACEN (Banco Central) determina que os bancos devem encerrar todos os dias com saldo positivo no caixa e neste caso, utilizamos o CDI como taxa para esta regulação.
Agora que já abordamos a parte conceitual, vamos para a parte prática: Nos empréstimos realizados entre os bancos, ocorre incidência de juros e esta taxa é divulgada diariamente, ela é conhecida como taxa DI ou taxa do CDI. A taxa DI serve como base para a rentabilidade dos investimentos de renda fixa em geral.
E por que o CDI pode ser mais vantajoso do que a poupança? Atualmente, a poupança que ainda é um dos investimentos preferidos dos brasileiros, tem rentabilidade muito baixa (6,17% a.a.) se comparada às aplicações de renda fixa, principalmente neste momento de alta taxa de juros com a SELIC (taxa base juros) em 13,75% a.a.
Desta forma uma aplicação que rende 100% do CDI, teria uma rentabilidade de 13,65% neste momento ou 1,13% a.m. contra 0,5% a.m. da poupança. De forma clara e considerando R$ 1.000,00 como exemplo, teríamos o cenário abaixo considerando um ano de rendimento e já descontando o IR (imposto de renda) de 17,5%:
Poupança: R$ 1.085,30
Aplicação com 100% CDI: 1.112,61
Cabe ressaltar que o mercado financeiro muda constantemente e por isso é importante cuidar da sua saúde financeira assim como cuidamos da nossa saúde física.
Tenha o hábito de ler e se atualizar sempre, também escolha ter um planejador financeiro. Espero ter contribuído para que a sua vida tenha mais inteligência financeira.
* Artigo publicado pelo colunista Marlon Glaciano, especialista em finanças.