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Importância da intervenção precoce no tratamento do autismo

O perfil de famílias vem mudando ao longo dos anos. Há algumas décadas, as famílias eram mais numerosas, com mais filhos. Nos dias atuais, vivemos em uma sociedade com uma boa parte, formada de filhos únicos, o que muitas vezes deixa os pais sem parâmetros de comparação quanto aos marcos de um desenvolvimento saudável de seus filhos.

Ainda assim existem demarcações de um desenvolvimento esperado e que pode ser observado pelo primeiro núcleo social da criança, que é a família.

Os primeiros sinais do autismo podem surgir entre os 18 a 24 meses de vida, de forma mais evidente quando se tem um olhar mais aguçado para o desenvolvimento e menos enganoso para a famosa frase: “Cada criança tem seu tempo”.

Hoje estudos da neurociência já nos demonstram a neuroplasticidade do cérebro que se resume na capacidade do sistema nervoso de substituir circuitos disfuncionais ou patológicos por circuitos funcionais e saudáveis.
O momento de maior neuroplasticidade se dá nos primeiros três anos de vida, podendo se estender até os cinco anos no período da chamada “Poda Neural”.

Neste período da primeira infância, toda e qualquer intervenção precoce com ajuda de profissionais multidisciplinares pode trazer uma “modulação comportamental” em que se implementa, com maior intensidade, comportamentos esperados e se trabalha na exclusão dos indesejados, como o descontrole emocional baseado em auto agressão, por exemplo.

Após esse período de poda neural, a neuroplasticidade ainda agirá até a vida adulta, mas de forma menos intensa e precisando de um maior esforço para mudanças comportamentais.

Hoje estudos comprovam que intervir até os anos de idade traz uma melhora de 80 % no quadro de disfunções na vida diária de um autista e por isso esse tempo não deve ser negligenciado nem esperado.

Muitas famílias têm ainda dificuldades em admitir que precisam intervir e investigar o autismo em seus filhos. Para isso, é preciso desmistificar e deixar preconceitos de lado, entendendo que quanto mais cedo for a busca por tratamento, melhores são as condições de desenvolvimento dos seus filhos, que vão ter a possibilidade de maior qualidade de vida. Então não deixe de se informar, de buscar ajuda e de cuidar de quem você ama.

MINICURRÍCULO: Simone Roque é Psicopedagoga, Educadora, Gestora Escolar, Diretora do Centro Educacional Gideão e da Clínica Multidisciplinar DesenvolviKids. Formada pela Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO) em Pedagogia, com pós graduação pela Universidade Estácio de Sá em Psicopedagogia, e pela FAVENI em Psicanálise, possui mais de 23 anos de experiência em desenvolvimento infantil.

Vem se destacando profissionalmente pelo seu trabalho com crianças típicas e atípicas (que possuem algum atraso de desenvolvimento intelectual ou motor), nas áreas do Transtorno de Espectro Autista (TEA) e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

Autismo^Artigo da psicopedagoga Simone Roque, educadora, gestora escolar, Diretora do Centro Educacional Gideão eda Clínica Multidisciplinar DesenvolviKids

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