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Dezembro chegou — e, com ele, a avalanche de comemorações, confraternizações, brindes e pratos irresistíveis que acompanham as festas de fim de ano. Para muitos, esse é o momento de desligar a chave dos treinos, relaxar nas metas e se entregar à ideia de que “em janeiro eu recomeço”. Mas será que essa pausa total é mesmo necessária? Ou seria possível (e mais inteligente) criar um plano realista para manter corpo e mente em movimento?
Como treinador mental, vejo dezembro como um mês desafiador, mas também estratégico. O ponto não é ser radical ou manter uma disciplina inflexível em meio a tantos compromissos sociais. É, sim, entender que abandonar completamente a rotina de treinos pode gerar um efeito dominó difícil de conter em janeiro. Afinal, o corpo desacostuma, a mente relaxa além da conta e o retorno se torna mais penoso — tanto física quanto emocionalmente.
O segredo está em estabelecer uma rotina possível, onde haja alguma flexibilidade para um modo padrão escolhido de agir. Pode ser que você não treine todos os dias ou com tanta intensidade, mas três vezes por semana já fará uma enorme diferença.

Não se trata de manter a alta performance de antes, mas manter a constância é essencial para preservar o condicionamento físico e, mais do que isso, a conexão do hábito com sua própria identidade. Afinal, somos aquilo que fazemos repetidamente. Quem treina regularmente sabe o quanto essa prática é uma fonte de clareza mental, autoestima e disposição.
Outro ponto importante é a alimentação. Dezembro não é o mês ideal para dietas rígidas, mas também não precisa ser um vale-tudo. O cuidado com os excessos deve vir da consciência do que te faz bem e mal, e não da culpa. Comer bem e manter seus níveis de hidratação não significa abrir mão do prazer, mas sim respeitar seus objetivos e funcionamento sustentável do seu corpo, mantendo ele funcional como você merece e precisa.
Lembre-se: nas férias, todo mundo quer se sentir bem para vestir uma roupa de banho, curtir a praia ou simplesmente se olhar no espelho com satisfação.
Se você está pensando em dar uma pausa, pense três vezes. Seu eu do futuro — aquele que em janeiro vai querer voltar a treinar, entrar na calça preferida ou se sentir mais leve nas metas do novo ano — vai agradecer por cada treino mantido, mesmo sem tanta intensidade, por cada escolha consciente feita agora.
É difícil, eu sei. Mas na vida de quem é auto responsável devemos escolher o difícil que faz mais sentido. Lidar com o arrependimento é mais difícil do que com a disciplina.
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Boas festas, bons treinos — e até a próxima!

























