Entre os vários atendimentos terapêuticos dos quais uma criança autista necessita, a intervenção psicopedagógica é extremamente importante para o desenvolvimento intelectual, social, afetivo e corporal.
O psicopedagogo é um profissional indispensável,altamente relevante na atuação da vida da criança com TEA. Se pensarmos sem a participação desse profissional, provavelmente estaremos bloqueando a possibilidade de essas crianças terem assegurado um processo de aprendizagem mais significativo e lúdico, sua socialização mais fidedigna, seu desempenho cognitivo reabilitado e a descoberta de seus estímulos assegurada com resultados extraordinários; ou seja, perde-se a qualidade do atendimento multidisciplinar e a oportunidade de otimizar todo processo da aprendizagem e do desenvolvimento desse individuo.
Por ser um profissional de investigação na relação da criança com a aprendizagem e suas dificuldades, ele identifica e atua nas causas que promovem esse insucesso, orientando os profissionais envolvidos com a criança e seus familiares, tornando a vida dessa criança mais saudável. O importante é valorizar todo o conhecimento que essa criança traz do seu mundo, considerando suas experiências, aprendendo com ela, respeitando suas limitações efavorecendo uma relação de confiança e prazer.
Compete ao psicopedagogo conhecer as características da criança com o TEA, para que este tenha condições de planejar uma intervenção que venha atingir as necessidades e os aspectos afetivos, cognitivos e comportamentais.
Conscientizar o profissional e todos envolvidos sobre a grande relevância do psicopedagogo na vida da criança com TEA éem que consiste este artigo.Bossa(1994, p. 66)diz: (…) “a de socializar os conhecimentos disponíveis, promover o desenvolvimento cognitivo e a construção de regras de conduta, dentro de um projeto social mais amplo”(…). Não é colocá-lo em nosso mundo, mas dar a ele o direito de ser inserido de maneira estrutural, contextualizado e organizado, nessa nova visão de vida.
Tendo o psicopedagogo o papel de intervenção e de interferência, tratando da causa, a intervenção do psicopedagogo nos portadores de TEA tem o objetivo de orientar comportamentos, mediar ações, compreender e assimilar o processo de desenvolvimento desse individuo, com interação com a sociedade conforme suas condições e limitações num relacionamento com um mundo diferente do seu.
A partir do momento em que se entendem e percebem a grande relevância do papel fundamental do psicopedagogo no desenvolvimento em todos os aspectos deste individuo, onde hipóteses são construídas, permitem aceitar novos desafios, tomando a postura de um terapeuta que interage e busca maior entendimento e conhecimento referente a esse individuo.
O papel do psicopedagogo diante do diagnostico de autismo é de tentar preparar ou remediar a falta de conhecimento familiar e educacional e contribuir na aquisição da aprendizagem, no desenvolvimento da autoestima e na formação da personalidade humana.Ajudando a criança autista a se sentir pertencente e inserida no contexto escolar, integrada na família e na sociedade; o psicopedagogo, por sua vez, sentirá que seu trabalho de intervenção será mais produtivo causando assim o seu próprio bem estar.