Logo no primeiro encontro, você percebe que Luciane Araújo é uma pessoa criativa. Idealizadora do projeto documental Nossa Língua, a publicitária – mas produtora cultural de coração – começou no Instagram trocando figurinhas com usuários de outros países de língua portuguesa e resolveu levar o projeto a sério. Dona de uma agência de publicidade, a NDI, Luciane já estava à frente de um outro projeto muito conhecido por quem curte fotografia e redes sociais, o Rio 365. Com uma mesma equipe de parceiros, a AG365 e aprovação da Lei de Incentivo à Cultura, o projeto documental promete transmitir ao público um olhar antropológico sobre as diversas culturas espalhadas pelo mundo que, ao seu modo, se comunicam através da língua portuguesa.
Ficou curioso? Confira a entrevista que fizemos com Luciane e acompanhe o projeto.
Por que você resolveu começar o projeto?
Eu trabalhei por muitos anos na área de cultura, primeiramente com música e depois com cinema, é uma área que eu gosto. O Nossa Língua foi uma ideia por curiosidade, sempre quis trabalhar com algum projeto voltado para esse tema. O 365 foi introdutório dessa nossa metodologia que a gente criou para fazer ações culturais. Já com o Nossa Língua, produzimos algo diferente. Demos dez missões aos usuários e os nossos curadores, muitos de outros países, ajudaram a escolher as dez fotos de cada etapa, então serão 100 fotos ao final do projeto. Estamos na última, a “Mar”.
Em quais plataformas o material estará disponível?
Disponibilizaremos em livro, vídeo-documental e exposição itinerante pelos 8 países participantes. O trabalho poderá ser comprado através do site da nossa editora (imaeditorial.com) a partir de dezembro.
Como será o trabalho vídeo-documental?
Nós iremos para três países: Portugal, Guiné-Bissau e Cabo Verde. Lá, conversaremos com os usuários que nos ajudaram a construir esse projeto e com escritores locais e historiadores.
Agora, pessoalmente, qual é a maior realização em fazer um trabalho assim?
É só o comecinho, mas estou muito feliz em ter tido essa ideia de criar um verdadeiro movimento de integração e ainda mais na internet onde somos a terceira língua mais falada.
Qual foi o momento mais difícil?
Acho que foi no start do projeto, quando não sabíamos como divulgar a ideia em outros países. Foi muito eficaz termos selecionado curadores de diversos lugares participantes, eles foram essenciais na hora de espalhar e fazer do movimento o que é.
Vocês pensam em fazer algum projeto acadêmico com esse trabalho?
Sim, claro, queremos fazer um simpósio. Já estamos pensando nisso.
Segundo a Luciane, esse é só o comecinho do projeto que deve ter ainda, no futuro, um programa de TV e outras missões. Quer acompanhar o projeto? Acesse o site www.nossalinguadoc.com.br e siga as redes sociais: @nossalingua e facebook.com/nossalingua.projeto.