Por que se fala tanto em liderança ou em tipos e perfis de líderes? Por que há milhares de livros falando sobre o tema, sobre como se tornar um, e mostrando casos de sucesso (ou de fracasso)? Bem, posso responder a essas perguntas de duas maneiras: a primeira, de forma mais pragmática e objetiva, e a outra, de forma mais filosófica, mas também muito concreta. Uma não exclui a outra!
Na primeira abordagem, o líder é aquele que coordena e executa – e faz executarem – tarefas do dia a dia da empresa. É o indivíduo responsável por fazer as “coisas acontecerem”. É ele que gerencia as pessoas, faz com que procedimentos e políticas internas sejam observados e cumpridos e com que os processos operacionais aconteçam satisfatoriamente. No fim de tudo isso, a empresa funcionou, comprou, vendeu, recebeu, pagou contas, gerou lucro e fim. No mês seguinte, começa tudo de novo. Simples assim!
A outra forma de perceber o conceito do líder é entender a sua relevância, mesmo fora das empresas. O líder não está diretamente relacionado à estrutura organizacional, apesar de muitas vezes assim ser percebido. Ser um líder é algo maior e mais complexo – mas também mais simples! Líder é aquele que domina a arte de influenciar ou inspirar pessoas, para que contribuam da melhor forma com os objetivos do grupo. Muitas vezes, a liderança surge naturalmente, sendo o indivíduo já dotado de determinadas habilidades específicas.
Há uma infinidade de lideres que surgem em situações corriqueiras: no futebol de várzea, por exemplo, é aquele que organiza o jogo e administra os conflitos em campo e fora dele; entre os amigos, é aquele que anima os encontros e happy hours; na empresa, pode ser aquele que os demais colegas recorrem para escutar uma palavra ou direcionamento; e assim sucessivamente. Líder não é um cargo, é uma posição que se conquista, assim como o respeito e a confiança.
Agora, retornemos ao contexto organizacional: o líder tem papel fundamental para o sucesso de uma empresa. Ele tem a incumbência de influenciar seus liderados e de alinhar seus respectivos processos com os objetivos propostos pela organização, como já dito. Mas, quando exercida com excelência, a liderança inspira o comprometimento dos indivíduos, conduzindo-os a altos desempenhos, o que gera, consequentemente, resultados positivos para a organização.
Os líderes de sucesso possuem algumas características em comum:
• São curiosos e estão abertos ao novo;
• São assertivos e flexíveis;
• Respeitam as diferenças;
• São criativos e buscam respostas “fora da caixa”;
• São ousados para caminhar à margem da zona de conforto;
• Comunicam-se bem;
• São íntegros e éticos;
• São carismáticos;
• Buscam seu autodesenvolvimento e autoconhecimento;
• São resilientes e dotados de maturidade emocional;
• Demonstram congruência entre o que falam e o que fazem;
Super-homens ou Super-mulheres? Absolutamente, não! Todas essas características são competências e habilidades que podem ser desenvolvidas ou aperfeiçoadas. O bom líder é o espelho para os demais indivíduos da empresa e, fundamentalmente, ele é um facilitador para que outros realizem com excelência as suas tarefas. Ele está ciente da relevância do seu papel, de sua missão e do impacto – positivo e negativo – que pode causar para as pessoas e para a empresa.
Não é só importante um líder na empresa; é fundamental. Ele será a força motriz que a lançará para frente, rumo à excelência e ao crescimento.
Como dito pelo notável presidente americano Abraham Lincoln: “A maior habilidade de um líder é desenvolver habilidades extraordinárias em pessoas comuns”.