Tradicionalmente, ouvimos que maio é o “mês das noivas”. Uma das explicações seria porque, na Europa e nos Estados Unidos, o mês é marcado pela plenitude da primavera, onde o clima e o floreio inspiram as noivas.
Há também a influência da Igreja Católica, sendo maio o mês de consagração à Maria, mãe de Jesus, e também dedicado às mães. Inconscientemente, a maioria das noivas possui o desejo de se tornar mãe, gerando uma ligação entre os eventos.
Esther Fernandes, cerimonialista em Búzios, explica que, de fato, o clima ameno do outono e a tradição católica ainda são atrativos para os noivos marcarem casamentos em maio. Mas a maioria prioriza fatores financeiros, como, por exemplo, a celebração do Dia das Mães que movimenta o mercado de flores, aumentando o custo na decoração dos casamentos.
No Brasil, a descaracterização do mês como o favorito das noivas deu lugar aos últimos meses do ano. A procura por datas de setembro a dezembro aumentaram significantemente.
Há quem diga que setembro é o “novo maio”. Pensando pela tradição do hemisfério Norte, esse é o mês de floreio no Brasil, mas é preciso pensar que todo mês tem sua vantagem e também uma desvantagem. “O clima agradável de setembro – e seguindo outubro – proporciona belíssimas cerimônias ao ar livre e sem riscos de chuvas. Em contrapartida, no nono mês do calendário, as igrejas, cerimonialista e buffets já começam a ficar com a agenda apertada”, completa Esther.
Os meses de novembro e dezembro são os mais requisitados por questões financeiras. A chegada do 13° salário é animadora para os noivos que não querem se endividar por causa do casamento. Outra vantagem do final de ano são os feriados e folgas comuns nessa época. Assim, os noivos podem aproveitar melhor uma viagem de lua de mel e até mesmo a festa de casamento no estilo Destination Wedding.
A ressalva para os meses de novembro e dezembro são as famosas chuvas de verão. “Se optar por celebrar a união nesses meses, esteja atento às mudanças climáticas”, finaliza a cerimonialista.