Em maio, celebra-se uma data especial: o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Ovário, doença que acomete mulheres em qualquer faixa etária, sendo o quinto tipo de tumor mais comum entre as mulheres, e também o mais letal. Mais de 6 mil novos casos são estimados para este ano, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA).
O câncer de ovário é o tumor ginecológico mais difícil de ser diagnosticado. Cerca de ¾ dos cânceres desse órgão apresentam-se em estágio avançado no momento do diagnóstico. Por este motivo, é conhecido como “câncer silencioso”, pois, nos estágios iniciais da doença, a paciente não apresenta sintomas ou estes podem ser confundidos com outros problemas de saúde.
A doença aumenta os riscos de infertilidade e cada opção de tratamento – cirurgia, radioterapia ou quimioterapia – terá um impacto sobre a fertilidade da mulher, seja prejudicando ou diminuindo o número de óvulos. O tratamento do câncer de ovário e a infertilidade consequente dependem de muitos fatores. Em geral, em pacientes encaminhados a tratamentos oncológicos, indica-se a preservação de sua fertilidade para, posteriormente, se for viável e com a autorização do oncologista, buscar a gravidez assistida.
Em alguns casos, é possível o congelamento de óvulos, também chamado de criopreservação, antes do início da quimioterapia, por exemplo. A técnica permite que a paciente congele seus óvulos ou embriões antes de tratar o câncer. Dessa forma, a capacidade de ter filhos após o tratamento se torna mais viável. A criopreservação é uma forma de traçar estratégias para uma gestação saudável e tranquila, após a conclusão do tratamento da doença. A criopreservação permite à mulher com câncer ginecológico preservar seu sonho de ser mãe. Afinal, sempre que houver vida, há esperança!