Se, no dia dos pais ou dia das mães, a homenagem não pode faltar, no dia dos filhos, o orgulho dos pais também tem espaço. No dia 23 de setembro, comemoramos o dia dos filhos que, independente da idade, serão sempre os orgulhos dos pais corujas. E, se filho de peixe peixinho é, como convivem pais e filhos que levam a rotina da casa para a empresa da família?
É o caso de Bruno Brandão, que segue os passos do pai, César, ao comandar com ele o restaurante da família, o Kaçuá. O pai, orgulhoso, relembra o passo a passo do filho até chegar ao posto atual:
“Bruno começou a frequentar o restaurante desde cedo, tinha 15 anos na época, e quando vinha passar os fins de semana comigo ajudava no restaurante. Aos 17, veio morar comigo e começou a se envolver mais, mas ainda estudava, e trabalhava nos fins de semana. Ele era bem empreendedor e montou algumas empresas, como uma gráfica e uma loja de serviços de informática e eletrônica, mas gostava mesmo era do restaurante. Foi quando veio de vez trabalhar comigo, desta vez já como sócio, quando tinha mais ou menos 22 anos. E daí pra frente começou nossa história de sucesso, graças a Deus!”, conta César.
Segundo Bruno, o início da parceria foi difícil, mas o comprometimento mútuo com o resultado do negócio e o respeito pelos laços familiares fizeram com que ambos superassem as dificuldades, entendendo que os momentos de discórdia eram pelo mesmo objetivo.
“As principais delícias em se trabalhar com o meu pai são a proximidade da família, a proximidade que ele tem com minha filha no dia a dia dela, e dividir momentos entre pai e filho que muitos não têm por falta de tempo”, conta Bruno.
Se ter um filho ao lado já é bom, imagina que delícia dividir as glórias e o esforço do trabalho com vários? Edimar Maia comanda a Retroled, com três filhos ao lado na empresa e uma caçula de apenas 1 anos e 8 meses.
Na foto, ao lado das crias, Edimar conta o segredo de uma parceria de sucesso: são todos tratados, dentro do possível, como funcionários. “Sempre houve interesse deles e não tivemos problemas [em separar o ambiente familiar e empresarial]”. Questionado sobre quais as delícias e dificuldades em se trabalhar com os filhos, ele faz questão de falar que são teimosos, mas que vivem a vida intensamente.
A cobrança paterna parece ser uma constante no trabalho com os pais, é o caso de Érica Oliveira Fernandez de Araújo, da Casa das Massas. Formada em Direito, Érica trabalhou todos os anos de graduação para pagar a faculdade e há seis retornou. E, segundo ela, a cobrança por ser filha é muito grande.
“Meu pai é uma pessoa muito exigente e nervoso no trabalho o que faz a relação pai e filha ser bastante tensa em alguns momentos. Acho quase impossível separar completamente a questão profissional da pessoal. Não é fácil”, conta a filha de Sergio Fernandez Rodrigues. Ambos são hoje gestores da empresa.
“Ele atua diretamente na gestão junto comigo, diariamente. Muitas coisas preciso da decisão final dele. Ele é o cara apesar de saber que ele não teria mais paciência se eu não estivesse ao lado dele”, derrete-se.
Afinal, no dia dos filhos a unanimidade é certa: tê-los por perto é um presente para os pais.