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Os cuidados necessários para a prática de CROSSFIT

Photo via VisualHunt
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O Brasil é o segundo maior mercado de academias em número de estabelecimentos, com quase 32.000 unidades espalhadas pelo país — atrás apenas dos Estados Unidos —, o quarto em número de alunos (oito milhões) e o décimo em faturamento (2,4 bilhões de dólares), de acordo com a IHRSA, associação internacional do mundo ­“fitness”. O Brasil tem vivido um momento em que as pessoas têm se tornado cada vez mais adeptas a algum tipo de atividade física.

Com o acesso facilitado às informações que boa parte da população possui através da internet, torna-se cada vez mais comum deixarmos de lado as indicações de profissionais para buscarmos na internet detalhes e auxílios que deveriam nos ser repassados por especialistas sobre o assunto. A prática de atividades físicas, mesmo com altas recomendações, ainda é muito recente no país, e seus adeptos não possuem todas as experiências necessárias para tal. Esportes como o crossfit e o MMA são bons exemplos disso.

É comum vermos lutadores de ponta encerrando a carreira aos 40 anos, usando a justificativa de estarem velhos para competir; e com os adeptos do crossfit?  Será que acontecerá a mesma coisa? Quais os cuidados necessários para tal prática por longo tempo? Por que isso não acontece com a natação e o ciclismo, por exemplo, onde os atletas mais velhos (30, 40 anos) competem de igual modo com os mais novos?

A resposta está no desgaste que estes esportes podem causar se não forem tomados os devidos cuidados. Quanto mais o esporte exigir da nossa saúde física, mais ele irá desgastar, se não estivermos física e psicologicamente preparados, aptos para saber até onde nosso corpo pode tolerar para se recuperar com eficiência e continuar progredindo.

Diariamente, recebemos a seguinte pergunta: crossfit faz mal? Com certeza, o corpo da pessoa que está ótima estava mais apto a iniciar atividades intensas, se recuperou melhor e provavelmente teve um cuidado maior, pois, com o os movimentos melhores, a consciência corporal também fica superior. A maior diferença entre as pessoas no quesito movimentarem-se com qualidade está na sua formação óssea, no formato do esqueleto e em como seus músculos e nervos trabalham sobre esta estrutura (biomecânica). O crossfit, ao demandar uma excelente mobilidade, acaba sobrecarregando as pessoas que não têm estas funções. A sobrecarga não é um problema, desde que o corpo consiga se recuperar, porém existem várias condições que atrasam essa recuperação e é aí que mora o perigo.

Na clínica, hoje em dia, é comum pessoas de 40, 50 anos mais móveis que outras de 20, ou seja, existem mais movimentos contraindicados para este mais jovem do que para os de 40, 50. Portanto, é indispensável uma avaliação biomecânica para que você não se lesione, para que saiba o tempo de recuperação ideal para você e para que continue progredindo de forma que o esporte lhe traga saúde e não arrependimento.

 

Contraindicações para o Crossfit

  • Perda da curvatura lombar, cervical ou hipercifose dorsal (corcunda);
  • Inclinação e rotação reduzida da coluna vertebral;
  • Perda da rotação externa e extensão dos ombros;
  • Lesão nos discos;
  • Dores irradiadas em forma de formigamento ou dormência;
  • Perda da função normal do tornozelo;
  • Hipotonia ou hipotensão muscular;
  • Joelhos com mobilidade comprometida (normal calcanhar até o glúteo);
  • Frouxidão ligamentar;
  • Sono irregular (quem acorda durante a noite e não mantém um sono por pelo menos 6 horas seguidas).

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