A maioria das empresas tenta evitar relacionamentos afetivos em local de trabalho, porém é completamente impossível controlar que isto ocorra. Isto se deve ao fato de que as pessoas passam a maior parte do tempo no trabalho. É comum que pessoas tenham no ambiente de trabalho as melhores condições de relacionamento interpessoal, considerando que, na maioria das empresas, dedicam no mínimo oito horas diárias em cinco dias semanais neste ambiente.
Além das horas dedicadas ao trabalho, existem os deslocamentos, muitas vezes em transportes coletivos da empresa, horários de refeição, eventos sociais da empresa e eventos externos que se estabelecem nas relações do trabalho. É natural que exista uma interatividade muito maior entre estas pessoas do que elas têm com outras pessoas fora do trabalho.
Empresas que proíbem este tipo de relacionamento fatalmente terão que administrar as consequências que podem surgir destas relações de forma velada, trazendo mais dificuldade para qualquer controle necessário. A postura e a conduta de cada pessoa que está em uma relação afetiva no trabalho se tornam a principal condição para não gerar algum problema que interfira nas atribuições de cada um.
Mesmo assim, é uma situação delicada, considerando que muitas vezes é difícil administrar o controle emocional e reações que podem surgir como consequência destes relacionamentos. Uma das principais dificuldades é a diferença de nível hierárquico entre pessoas que se relacionam afetivamente no trabalho. Muitas vezes, o reconhecimento de mérito da pessoa que ocupa um nível subordinado deve ser muito bem administrado para não gerar imagem de protecionismo, causando problemas de incompatibilidades e aceitação por demais colaboradores da equipe.