O primeiro turno das eleições já se encerrou, para alívio de muitos e tristeza de outros. Sem dúvida, esse período é um momento intenso para quem participa do processo eleitoral, os próprios candidatos, seus assessores, cabos eleitorais, entre outros ativistas cansam e se estressam, mas nós, eleitores, cidadãos, também somos estressados com o bombardeamento de milhares de informações que vem de todos os lados.
São candidatos que aparecem de todos os cantos, pessoas que nunca vimos e nem ao menos conhecemos seu histórico de trabalho e de vida em prol da sociedade. Esses candidatos “estrangeiros” não conhecem a nossa realidade e nem nossas necessidades locais, mas sempre conseguem alguns votos dos eleitores que não têm opção.
Somos vitimados pelo massacre do horário gratuito de televisão, pelas sujeiras que são espalhadas pela cidade, como santinhos, galhardetes, carro de som e tudo mais que contraria o que é permitido pela lei eleitoral. Enfim, temos que conviver com esse infortúnio, porque não há uma fiscalização efetiva por parte da Justiça Eleitoral.
Agora, imagine se esse processo eleitoral fosse diferente, com candidatos que saíssem ou fossem indicados dentro dos nossos bairros ou microrregiões? Se eles já fossem conhecidos pelos moradores e com o perfil de servir? De preferência com um histórico de serviço comunitário ou social, com experiência pública, seja o que for, mas que, de certa forma, tenha se envolvido em questões que se relacionasse a todos? Seria muito mais fácil escolher, não é mesmo?
Além de ser mais fácil, as campanhas não teriam um custo tão alto, a corrupção diminuiria, a área de busca pelos votos seria concentrada na região e não seria necessário poluir a cidade com tantas propagandas.
Uma vantagem ainda maior seria a proximidade com o candidato pois ele estaria dentro de uma área restrita de atuação, e depois de eleito, ficaria mais fácil de encontrá-lo para ser cobrado. Seria uma maneira de acompanhar melhor o seu trabalho, suas prestações de contas e de propor ideias e soluções.
Para analisarmos a questão, basta verificar se hoje você tem acesso fácil ao seu vereador ou deputado estadual ou federal. Veja por exemplo, a situação da nossa região, Recreio dos Bandeirantes, Vargens, Camorim, Prainha e Grumari, com uma população de mais de 100 mil habitantes, será que temos um representante legítimo?
Alguém que more na região e conheça de perto a realidade das pessoas que aqui residem?
Não gostaria de generalizar a questão, pois temos alguns vereadores e deputados dedicados, mas certamente para eles, também seria melhor se a área de atuação fosse mais restrita e que seu trabalho estivesse relacionado a uma região específica. A dedicação deles seria melhor direcionada, não precisaria percorrer toda a cidade em busca de milhares de votos, entre outras vantagens.
Essa modalidade de eleição é feita através do voto distrital que ainda não é uma realidade brasileira, mas a discussão sobre o assunto está em todo o Brasil, quem sabe um dia esse metodologia não se torne uma realidade? Vale o debate e pesquisar mais sobre o assunto.
Câmeras de Segurança para o Recreio
O status continua o mesmo desde a última publicação. Estamos aguardando a assinatura do termo de convênio pelo Ministério da Justiça, pelo governador e secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, que deve acontecer após o segundo turno das eleições.
