Estamos acompanhando os noticiários que falam de uma doença respiratória causada por um vírus que está se espalhando a partir da China. Para se precaver, é preciso entender a diferença entre ele, a Influenza e o Coronavírus, que causa resfriados comuns.
Contra a Influenza temos vacinas que são disponibilizadas nos postos de saúde todos os anos durante o outono, estação em que o vírus começa a circular com maior intensidade. Como os vírus da Influenza sofrem mutações frequentes, essas vacinas são recriadas a cada ano, a partir de amostras coletadas pelo mundo todo, precisando ser administradas nas pessoas anualmente. Qualquer pessoa pode tomar essa vacina, mas ela está particularmente indicada para crianças, gestantes, idosos, asmáticos, pessoas institucionalizadas, profissionais de saúde e pessoas que portam condições que reduzem a imunidade.
O vírus que está causando infecções respiratórias na China é outro, diferente daqueles Coronavírus que causam resfriados comuns em humanos. Esse Coronavírus possui origem habitual em infecções de animais, e apenas eventualmente é passado para algum ser humano. Além disso, uma vez infectado, um indivíduo não é capaz de transmitir a infecção para outro, ao menos que ele sofra uma mutação.
Entretanto, recentemente esse novo Coronavírus acabou sofrendo a mutação que permite transmissão de um ser humano para outro. E como o nosso sistema imunológico não está habituado a esse vírus, a infecção que ele causa pode ser muito mais grave que um resfriado com o qual já sabemos lidar. Além disso, por ser uma infecção causada por vírus, não há antibiótico específico para a doença. E o risco de vida por ele propiciado está muito relacionado a complicações de doenças já preexistentes.
Alguns casos já podem ser identificados no Brasil, importados da China ou de algum dos vários países que já contabilizaram infectados.
O Carnaval é uma data de preocupação, já que o Brasil receberá milhões de turistas estrangeiros. As precauções que devemos adotar para não adquirir o Coronavírus são as mesmas que utilizamos para outros tipos de resfriados. Algumas delas: evitar aglomerados, principalmente em locais fechados – os orientais usam máscaras N95 nessas situações, mas esse hábito não é comum entre os brasileiros; lavar as mãos, se possível aplicando álcool gel 70% após a lavagem, e evitar levar as mãos aos olhos, nariz e boca sem higienizar antes. Essa última precaução é particularmente importante ao lidar com um indivíduo sintomático, pois esse gesto natural é difícil de ser contido. Na dúvida, vale o alerta de lavar as mãos com frequência.