E cá estamos nós, atravessando mais uma turbulência que damos preferência por acreditar que logo logo vai passar. Desta vez, além da guerra política – que desestabiliza a ordem de um povo que se entende numa democracia – e do terrorismo do Estado, dos descasos com o meio ambiente, dos exageros de grupos fundamentalistas e das fakes news, veio junto a pandemia.
Notícias alarmantes transbordam em todos os meios de comunicação, todos os dias. O medo e a insegurança invadem nossos lares e nos deixam em estado de alerta. Difícil não ser afetado, só de ouvir ficamos com muito medo, e dessa forma brusca e repentina somos tirados do nosso caminhar. Situação como essa mobiliza sentimentos e nos desestabiliza, porque nesses momentos nossas limitações ganham amplitude e reduzem as forças de nossos talentos. É o que chamamos de crise. E isso é uma consequência da interpretação de que crise é algo ruim.
Mas, se filosofarmos na forma de metáfora para entender esse dinamismo da transformação das coisas do mundo, seus valores e as necessidades humanas, poderemos ressignificar a existência e saber o que fazer para continuar sem perder o rumo com as novas concepções sobre a vida. A saída é atribuir outros valores à palavra crise. Atribuir-lhe o significado de novo, de oportunidade, pensamentos de que mudanças estão surgindo para o crescimento desde a unidade ao todo.
É dessa escolha que será determinada nossa energia e os seus resultados. Ao pensar este momento como uma chance de fazer diferente e inovar, teremos muitas chances de avançar e descobrir coisas novas no mundo e em nós. Aprenderemos que somos muito mais do que fomos até aqui, e que somos capazes de fazer muito mais do que o que já fizemos. Einstein disse que “é na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias”. E completa: “quem supera a crise, supera a si mesmo”. Bingo!
Sejam bem-vindos ao mundo consciente das constantes transformações e mudanças de paradigmas!