O autista não estabelece laços sociais, o que muitas vezes se traduz em isolamento e indiferença na interação. Em outros casos, menos graves, a criança não procura o contato social, mas aceita ser procurada sem oferecer resistência. Há também aquela que procura contato social, mas de forma inadequada; ela pode ter dificuldade de aprender as regras sociais.
Eis alguns sinais de alerta:
· Sinais de alerta na comunicação: não responde ao próprio nome, não sabe dizer o que quer, atraso na linguagem, não atende ao que se pede, parece não ouvir, não aponta, nem acena tchau, fala poucas palavras.
· Sinais de alerta da socialização: não sorri socialmente, prefere brincar sozinho, faz pouco contato com o olhar, vive em seu próprio mundo, não tem interesse por outras crianças.
· Sinais de alerta no comportamento: crises de raiva, hiperatividade, oposição, não-cooperação, não sabe brincar com brinquedos, ausência do “faz de contas”, andar na ponta dos pés, gosto por enfileirar objetos, sensibilidade a determinadas texturas e sons, repetição sucessiva de movimentos (estereotipia).
Um outro comprometimento é a capacidade de representação. Crianças livres de dificuldades possuem capacidade de representação do mundo exterior e isso permite a elas a abstração. Na criança autista, essa capacidade estaria comprometida, o que provocaria inaptidão para compreender as interações e comunicação. A ausência da representação resultaria na impossibilidade de dar sentido aos objetos, dificultando a imaginação lúdica.
Também pontuo a não interpretação de afeto e metáforas. Falta a habilidade de compreender as entrelinhas. Impossibilitadas a perceber o todo, se atém a detalhes. São crianças que têm uma visão diferente das demais.
As que são bem trabalhadas em um contexto multidisciplinar e bem desenvolverem sua linguagem tem um melhor prognóstico no desenvolvimento das interações.