O seguro de vida deve ser a base do planejamento financeiro de qualquer pessoa e família, mas ainda temos o grande desafio de disseminar essa cultura no Brasil. Por aqui as pessoas se preocupam muito com coisas físicas, como carro, casa, telefone e muitas outras, esquecendo do seu principal patrimônio ativo: a vida. É muito comum ouvir frases como “bate na madeira” e “sou muito jovem para isso” ao falar sobre o seguro de vida. Pode soar redundante, mas a verdade é que seguro de vida não é para morte e sim para a vida!
Vou te provar isso com alguns fatos. Pare e pense: e se a partir de agora você não pudesse mais gerar receita e ainda tivesse a vida toda pela frente? E se precisasse parar de trabalhar por causa do diagnóstico de uma doença grave como um câncer, que além de desacelerar o seu fluxo financeiro, gera uma despesa enorme com tratamentos? Ninguém gosta de pensar nisso, mas acontece o tempo todo e, inclusive, neste exato instante, alguém está ficando inválido ou doente.
Fiz questão de começar esse artigo com esses pensamentos, pois a lógica é fácil de entender, mas o comportamento é difícil de explicar. Existe, então, algo mais importante do que a sua vida? Não mesmo. E o problema aumenta ainda mais quando a sua vida impacta a de outras pessoas, como os seus filhos e familiares. A morte financeira do pilar da família causa danos irreparáveis e é bem difícil viver sem dignidade financeira. Já imaginou depender financeiramente de alguém até o final da vida?
Meu objetivo com este artigo é te ajudar a adicionar o seguro de vida no seu planejamento financeiro, pois agora você já conseguiu refletir um pouco sobre alguns impactos gerados pela ausência dele. A partir de agora, todo o seu dinheiro se transformará em um único pote e dividiremos esse pote grande em três potes menores. Se você quiser fazer um desenho para representar esse exercício, fique à vontade.
O primeiro pote chamaremos de “padrão de vida” e colocaremos nele 70% de toda a sua receita, mas não vale ultrapassar. A partir de agora você terá o desafio de ajustar o seu padrão de vida para que caiba nesse pote, isto é, se a sua receita mensal é de R$ 10.000, você só poderá utilizar até R$ 7.000 para viver.
No segundo pote você armazenará pelo menos 20% da sua receita e ele também é muito importante, pois fará com que você tenha prosperidade financeira; o nome dele é “investimentos”. Atualmente, menos de 1% dos aposentados têm independência financeira na terceira idade, e eu sei que você quer fazer diferente.
Por último, o mais importante de todos os potes, o da “proteção financeira”. Esse pote armazena a menor quantidade do seu dinheiro, apenas 10%, mas apenas ele pode salvar 100% da sua vida, incluindo suas receitas e os seus investimentos. É dele que sairá o valor que você utilizará para pagar o seu seguro que normalmente utiliza de 5 a 7% da sua receita. Então se você tem uma receita mensal de R$ 10.000, normalmente utilizará de R$ 500 a R$ 700 para o seu seguro. Uma dica valiosa é utilizar como regra o percentual e não o valor final. Neste caso, você utilizou a menor fatia do da sua receita para proteger tudo o que mais precioso para você: sua vida e sua família.
Falamos nesse artigo sobre as características básicas de um seguro de vida e cabe lembrar que ele ainda tem capacidade para resolver muitas outras questões, como o inventário de uma família e o processo de proteção e sucessão empresarial de uma empresa. Procure sempre um especialista para te ajudar a fazer uma análise da sua vida financeira e te propor um planejamento sob medida que te ajudará a cuidar de você e dos seus.
Espero ter contribuído para o seu entendimento sobre o seguro de vida e como encaixá-lo no seu planejamento financeiro. Se precisar tirar mais dúvidas, você pode me falar comigo no contato@marlonglaciano.com.br ou no meu Instagram: @marlonglaciano