O Sars Cov 2 é um vírus de RNA envelopado, cujo o principal meio de transmissão é homem a homem diretamente ou, por partícula de saliva. O vírus se mantém vivo em diversas superfícies e pode ser encontrado em membranas da mucosa da boca, nariz e olhos.
Em todos os estudos pesquisados e publicados no ano de 2020, a porcentagem de pacientes com evidência de partículas virais nas lágrimas ou na conjuntiva permanece baixa, em torno de 0 a 7,2%. Essa variação também depende de quando foi coletada a amostra. Foram descritas na literatura, de forma pontual, casos de pessoas que tiveram exposição ao COVID sem proteção ocular e apresentaram conjuntivite junto com os sintomas de respiratórios e sistêmicos.
Quadro reportado, a conjuntivite tende a ser leve e causar desconforto nos pacientes.
Os sintomas comuns de conjuntivite são:
– Congestão conjuntival (olho vermelho)
– Lacrimejamento
– Secreção ocular
– Visão borrada
– Fotofobia
– Inchaço nas pálpebras
– Sensação de areia ou de corpo estranho no olho
Mas, de uma forma geral, as manifestações oculares não são comuns na COVID-19. As recomendações para o tratamento seguem sendo as mesmas das que são descritas para as pessoas com conjuntivite viral:
– Evitar contato físico
– Lavar bem as mãos várias vezes ao dia e depois de colocar as mãos nos olhos
– Se possível lavar e higienizar os óculos (sol, proteção ou de grau) com frequência.
Como todas as outras infecções oculares virais, as manifestações de COVID-19 no olho são autolimitadas e podem ser tratadas com sintomáticos.
Os pacientes são orientados a usar lubrificantes regulares, compressas de água gelada, e no caso de usuário de lente de contato, pode ser utilizado um antibiótico tópico, para prevenir infecção bacteriana associada.
Os profissionais de saúde devem seguir utilizando proteção ocular, mesmo que ainda não haja estudo sobre qual a porcentagem de transmissão pela lágrima e pela conjuntiva.
