A esclerose múltipla (EM) é uma doença autoimune, onde o organismo produz anticorpos contra a bainha de mielina, uma camada que envolve as fibras nervosas (que conduzem impulsos do cérebro para o corpo e vice-versa), dificultando a sinapse e provocando dificuldades de cunho motor e sensitivo. Entre os principais sintomas, podem ocorrer alterações da visão, formigamento ou dormência nos membros, perda de equilíbrio e dificuldade para andar, que aparecem em forma de surtos ou em piora progressiva.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a esclerose múltipla acomete 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo. De acordo com dados do Ministério da Saúde, a enfermidade costuma atingir adultos de ambos os sexos na faixa de 18 a 55 anos, sendo mais comum em mulheres.
A doença tem desenvolvimento diferente de uma pessoa para outra e sua causa não é conhecida. Outro fator intrigante é que há mais incidência em climas temperados e frios. Na maioria dos casos acontece de forma repentina, sem alarde. Mas os sintomas diferem. Além dos já citados acima, podem ocorrer sensação de urgência urinária e intestino preso. Os sintomas podem desaparecer em períodos que vão de dois dias a duas semanas, em outros casos tornam-se permanentes e então a culpa recai no estresse, na falta de sono, em um mau jeito. Os episódios se repetem até que um sintoma mais intenso, como paralisia de parte do corpo ou perda da visão, faz soar o alarme e o paciente procura um médico.
O diagnóstico da EM é complexo, pois os sintomas são semelhantes aos de outras doenças neurológicas . Costuma ser descoberta com a exclusão desta e de outras enfermidades. Ainda não há cura para a doença, mas os tratamentos ajudam os pacientes a terem uma vida mais confortável.
O tratamento é através de medicamentos que aumentam o intervalo entre um surto e outro, medicações imunomoduladoras, além de corticóides, que diminuem a inflamação na fase aguda. Pacientes que apresentarem sequelas devem ser tratados com reabilitação multidisciplinar.