Neurociência tem contribuído para valorizar o processo multissensorial, verificando-se que a investigação nessa área destaca a eficácia do ensino estruturado e sistematizado.
O mundo que nos cerca é repleto de informações diversas que chegam até nós via tato, olfato, visão, audição, paladar, movimentos e posições do corpo. Com a abordagem de ensino multissensorial, o cérebro tem a oportunidade de acionar diferentes canais para a entrada do conhecimento, contemplando todos os estilos de aprendizagem. Preconiza-se a maximização do aproveitamento dos sentidos nesse domínio, emergindo novas formas de pensar sobre a relação entre os sentidos e a aprendizagem. Por outro lado, esta abordagem propicia um envolvimento ativo do aluno na aprendizagem que contribui para a manutenção da motivação, constituindo-se como um desafio moderado e progressivo.
Assim, torna-se claro que as formas tradicionais não tiram partido da extraordinária capacidade do nosso cérebro de conectar e processar as informações de todos os nossos sentidos. A codificação, armazenamento e restauração de informação, a nível de percepção, estão preparadas para operar em um ambiente multissensório, sendo o processamento unissensório subprodutivo, pois não utiliza todo o potencial dos mecanismos de percepção.
Além disso, as experiências multissensoriais dessa abordagem melhoram as percepções e facilitam os processos de recuperação da memória. Os alunos têm mais facilidade para aprender, são proporcionadas mais oportunidades de realizar jogos, brincadeiras e outras atividades sensoriais que estimulem a inteligência e motivem a criança e o adolescente no desafio da criatividade.
Há toda uma pedagogia ativa que clama para si um lugar nas nossas salas de aula, com materiais que estimulam o uso da visão, do tato e da audição meios importantes para conectar com a aprendizagem.