O vírus “ataca” o sistema auditivo, gerando lesões nas células auditivas. Esse ataque, seria resultado de uma reação cruzada, fenômeno que ocorre pelos anticorpos ou células T que poderiam confundir a orelha interna com o vírus ou pelas alterações vasculares, que ocasionaria uma isquemia na orelha interna. A hidroxicloroquina e a Azitromicina são duas drogas potencialmente lesivas ao sistema auditivo e ainda teve seu uso difundido como “tratamento precoce”.
As perdas auditivas de origem viral são normalmente irreversíveis, a lesão auditiva tende a ser permanente, necessitando adaptação de próteses auditivas por um audiologista e em casos extremos, implante coclear (cirurgia). Assim, o tempo pode ser um aliado. Quanto mais precoce diagnosticada a perda auditiva, maiores a chance de amenizar a progressão e sequelas da perda da audição. Mesmo sendo uma sequela normalmente irreversível, a perda da audição e o zumbido respondem satisfatoriamente ao uso das próteses auditivas, que atuam dentro do sistema auditivo como “uma cadeira de roda” para as células auditivas, reduzindo a queixa e retardando a progressão acelerada da perda da audição.