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No dia 16 de outubro de 1846, há 175 anos, foi utilizado pela primeira vez um aparelho inalador de éter na primeira demonstração pública e reconhecida de uma anestesia geral em uma pessoa. O responsável por manejar este inalador foi o cientista Thomas Green Morton em Boston nos EUA. Desde então, a data ficou marcada como o Dia Mundial da Anestesia, um marco na história da medicina.
No Brasil, a primeira anestesia geral realizada com este produto foi no ano seguinte, em 1847, no Hospital Militar no Rio de Janeiro. Com o objetivo de celebrar principalmente o profissional anestesiologista, a data vem se tornando cada vez mais famosa no Brasil e no mundo.
Considerada uma profissão pioneira na segurança do paciente, a anestesiologia foi uma grande conquista para a humanidade. Isso porque a partir do dia 16 de outubro de 1846 tornou-se possível a realização de procedimentos cirúrgicos invasivos que antes não poderiam ser realizados, por serem muito dolorosos.
Segundo o Diretor Presidente da Sociedade Brasileira de Anestesiologia, o dr Augusto Key Karazawa Takaschima, a anestesia é uma conquista recente quando comparado com os milhares de anos de história da civilização atual: “é algo extremamente recente, se formos comparar todo o período de dor que foi envolvido no período histórico anterior da humanidade , nós podemos imaginar que realmente o impacto dessa conquista foi enorme”, afirma afirma o diretor presidente da Sociedade Brasileira de Anestesiologia.
Ao longo dos anos, o médico anestesiologista conquistou um papel preponderante dentro da medicina moderna, cuidando do paciente como um todo no pré, trans e pós operatório. O médico anestesiologista cuida do paciente facilitando sua recuperação. Durante a cirurgia cuida do paciente através de uma administração cuidadosa da anestesia zelando por sua segurança, cuidado que continua no pós-operatório na sala de recuperação pós-anestésica, UTIs e enfermarias. O médico anestesiologista não apenas anestesia o paciente e sim cuida do mesmo como um todo.
Quem é o Anestesiologista e o que é a consulta pré-anestésica
O anestesiologista, mais popularmente conhecido como médico anestesista, é um profissional formado em medicina após 6 anos de curso e ainda se especializa em anestesiologia por mais 3 anos. Concluída essa especialização, o profissional se torna apto a exercer a anestesiologia através do uso de diversas técnicas responsáveis por eliminar a sensação de dor durante uma cirurgia ou exame. Além desta área de atuação é possível ao anestesiologista se assim o desejar, se preparar para trabalhar como especialista em dor crônica, medicina intensiva e medicina aeroespacial.
De acordo com o dr Augusto Key Karazawa Takaschima, o trabalho da anestesiologia está inserido dentro de um atendimento multidisciplinar com vários profissionais como o cirurgião, o fisioterapeuta, o nutricionista, a enfermeira entre outros buscando a recuperação otimizada do paciente: “Por isso, a avaliação pré-operatória é extremamente importante, muitos pacientes são atendidos em consultórios especificamente para avaliação pré-anestésica onde observamos que condições são importantes para o manuseio adequado, saber qual medicações esse paciente usa, se tem alguma alergia, se existe alguma condição que possa ser melhorada antes do procedimento. Enfim, saber se o paciente está no momento ideal”, afirma Takaschima.
A consulta pré-anestésica é algo que o grande público e leigos ainda desconhecem, porém é de extremo valor para o paciente e a equipe médica. Ela acontece sempre antes da cirurgia e o médico anestesiologista avalia o histórico do paciente através do seu exame físico, exames pré-operatórios e ele pode ou não solicitar novos exames e também iniciar algum tipo de tratamento diferenciado prévio para que esse paciente possa ter um melhor resultado no pós-operatório. O anestesiologista é um médico que precisa dominar inúmeras áreas clínicas e cirúrgicas para garantir o melhor desfecho aos pacientes.
Por esse motivo o processo de formação é longo e exige dedicação. Atualmente, existem cerca de 3.000 médicos residentes em anestesiologia no Brasil distribuídos em 3 anos de formação e por ano são formados 1.000 novos anestesiologistas. A SBA – Sociedade Brasileira de Anestesiologia possui sob a sua responsabilidade direta 2.200 dos formandos do Brasil e forma 730 dos 1.000 formados por ano.
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