No início de minha gestão como segunda Vice-Presidente Geral do Clube de Regatas Vasco da Gama, época que não se falava muito deste assunto, a minha preocupação era a criação de um Departamento Psicossocial, com o objetivo de analisar aspectos que compõem o perfil do atleta e buscar informações sobre ele em diversos contextos. Naquela oportunidade, eu entendia que o atleta não poderia ser visto como um “produto”.
E aí, surge a pandemia, que representa um desafio para o esporte em geral com treinos suspensos e competições canceladas. Muitos atletas têm que enfrentar suas incertezas e vulnerabilidades, o que nos exige reflexão, novos modos de fazer e agilidade nas ações.
Será que estes atletas estão habituados a pedir ajuda? Neste sentido, estratégias de enfrentamento devem ser tomadas para dar sequência ao planejamento de trabalho de forma segura para todos.
Através de uma comunicação diária, o Departamento Psicossocial do Clube deve fazer orientações sobre saúde, alimentação, comportamento, reiterar a importância de manter uma rotina de treinos, estudos, prestar orientações quanto aos benefícios assistenciais, promover ações e campanhas que visem dar suporte às famílias de atletas em vulnerabilidade.
Sabemos que este período tem sido difícil para os atletas, no entanto, apesar das mudanças que o isolamento impõe e do cuidado redobrado, o foco deve estar em orientá-los a criarem estratégias que os mantenham saudáveis e preparados física e mentalmente.
O Comitê Olímpico do Brasil, deixou algumas dicas:
1. Cada pessoa tem um tempo. Respeite!
2. O que você sente é importante. Vamos acolher?
3. Fale sobre seus medos e preocupações. Quando a boca cala, o corpo sente!
4. Conecte-se com as pessoas que são importantes para você. A hora é de ajuda!
A adaptação do corpo e da mente é crucial para que cheguemos no ponto de onde nunca deveríamos ter saído. Por isso, fale, procure ajuda e permita-se ser ajudado!