O primeiro passo, sem dúvida nenhuma, é saber o que é um ambiente tóxico. Muitas vezes você está tão envolvido naquele ciclo, que não consegue ter a percepção disso.
Podemos perceber três pontas no trabalho: seu gestor, seus colegas de trabalho e o espaço. Às vezes, você tem uma ótima relação com os outros colaboradores, mas seu gestor torna o ambiente tóxico ou a empresa (espaço) já tem uma cultura tóxica.
A primeira atitude é identificar e saber lidar com o que te faz mal. O autoconhecimento é a chave da solução. Conhecendo suas deficiências, você é capaz de entender como lidar com determinadas situações. Por exemplo, quando seu gestor é tóxico: como não se sentir pressionado? Se é uma pessoa que não ajuda, você deixa claro todos os resultados? Focar nos resultados, faz com que aquela pessoa entenda que você está envolvido no processo.
Ao invés de focar no que as pessoas estão te fazendo de mal, concentre as energias no seu trabalho, em um projeto. Faça algo que mostre seu valor e suas qualidades, assim você mostrará seu brilho e automaticamente enxergará isso.
Se é um colega de trabalho, a gente sempre utiliza a informação da comunicação não-violenta. Toda vez que você entende que a pessoa está sendo violenta com você e você age dando um conselho, falando e entendendo as necessidades dela, por exemplo, faz toda a diferença. A boa estratégia é muito baseada no livro Gestão de Pessoas e Inteligência Emocional, de Drew Hendricks. As pessoas não podem ser levadas por pessoas tóxicas. O autoconhecimento, autocuidado e entender o que está machucando, é essencial para fazer uma estrutura para si. Todo mundo pode, de alguma forma, estabelecer limites. Se você está percebendo que algum colega está sempre te pedindo ajuda e/ou te pressionando, monte estratégias para que você tenha a possibilidade de se mostrar e estabelecer esses limites. Sempre de uma forma amigável, mas sem ingenuidade ou inferioridade.
O “respirar fundo e contar até dez” pode parecer bobo, mas nesses dez segundos você consegue ter mais consciência do que está acontecendo com o seu corpo e sua mente e, talvez, relaxe, impedindo seu cérebro reptiliano de agir de forma instintiva e “feroz”.
Eu sempre uso a frase: “o silêncio é a maior arma contra uma pessoa nociva”. Nesses dez segundos, você consegue raciocinar e responder, se necessário, usando a comunicação não-violenta.
Outra dica é ter mentores. Pessoas para quem você possa recorrer. Não necessariamente alguém da sua equipe, mas talvez alguém de um outro departamento. Busque também profissionais de fora da sua empresa. Psicólogos, especialistas em carreiras e afins.
Lembre-se que o ambiente de trabalho é só uma parte da sua vida. As pessoas podem não estar nos seus melhores dias e você também precisa identificar isso. Perdoe e se permita ser perdoado.