Segundo o Ministério da Saúde, a amamentação é uma prática natural, capaz de trazer inúmeros benefícios ao bebê, assim como para a mãe e a família. O aleitamento materno deve ser exclusivo até os seis meses de vida. Isso significa que, até completar essa idade, o bebê deve receber somente o leite materno, não deve ser oferecido qualquer outro tipo de comida ou bebida, nem mesmo água ou chá.
Após esse período, ele deve continuar, pelo menos até os dois anos de idade, em associação com a alimentação complementar. As vantagens do aleitamento materno são muitas: promove uma interação profunda entre mãe e filho; ajuda no desenvolvimento motor e emocional da criança; faz o útero da mãe voltar mais rápido ao tamanho natural; diminui o risco de hemorragia pós-parto e, consequentemente, de anemia na mãe; ajuda a mulher a voltar mais rapidamente ao peso que tinha antes da gestação e diminui o risco de câncer de mama e de ovário.
O leite materno é um alimento completo e ideal para o bebê, pois ele contém todos os nutrientes em quantidades adequadas, proporciona ótimo crescimento, é de fácil digestão, fornece água para hidratação, protege contra infecções e alergias e propicia menos problemas dentários e fonoaudiólogos associados ao uso de mamadeira. Para que o bebê seja amamentado corretamente, a aréola – área mais escura e arredondada do seio – deve estar limpa, macia e flexível; o bebê precisa estar posicionado de forma adequada: a mãe deve colocar a barriga do bebê de frente para o seu corpo.
A criança deve estar alinhada, com a cabeça e coluna em linha reta. A boca do bebê deve estar de frente para o bico do seio para abocanhá-lo e a maior parte da aréola deve estar dentro da boca dele. A mãe deve apoiar com o braço e a mão o corpo do bebê. Muitos mitos ainda cercam o aleitamento materno e eles podem atrapalhar esse momento tão importante. Alguns mitos incluem dizer que o leite de vaca é mais completo em nutrientes que o leite materno; que, se a mãe não amamentar o primeiro filho, não conseguirá amamentar o segundo; que a produção de leite só começa três dias após o parto; que o bebê com diarreia não deve ser amamentado; que, quando a mulher engravidar novamente, não poderá mais continuar amamentando; que algumas mulheres produzem pouco leite e, por isso, ele não deve ser oferecido ao bebê.
Porém, também existem verdades, como: estresse influencia na produção do leite; o leite materno pode ser congelado; o aleitamento materno exclusivo deve ocorrer até o sexto mês de vida; mulheres que estão amamentando não podem tomar nenhum tipo de medicamento sem prescrição médica; não existe leite fraco. A amamentação exclusiva até o sexto mês das crianças brasileiras melhorou nos últimos anos. Segundo o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, em 2008, 75% das crianças receberam aleitamento exclusivo; em 2015, a porcentagem aumentou para 91%.