Em busca de uma silhueta mais fina e da tão desejada “barriga chapada,” muitas mulheres recorrem ao uso de cintas modeladoras, espartilhos e corseletes. No entanto, o uso contínuo desses acessórios não traz redução definitiva da gordura abdominal e ainda pode causar diversos efeitos adversos à saúde.
As cintas modeladoras comprimem temporariamente a região abdominal, criando uma aparência mais lisa e fina. Mas, uma vez removidas, o corpo retorna ao seu formato original. Especialistas alertam que o efeito “Cinderela” é apenas passageiro e, em alguns casos, o uso prolongado pode até enfraquecer a musculatura abdominal.
A pressão da cinta sobre o abdômen pode dificultar a respiração
Confira abaixo os principais riscos:
• Enfraquecimento da musculatura abdominal: o uso frequente da cinta pode levar à flacidez abdominal, uma vez que a compressão acaba substituindo o papel dos músculos, reduzindo sua atividade e tônus.
• Compressão dos órgãos internos: a pressão da cinta sobre o abdômen pode dificultar a respiração, comprometendo a expansão dos pulmões e o fluxo de ar adequado.
• Redução da atividade intestinal: em muitos casos, a compressão causa lentidão no funcionamento do intestino, o que pode contribuir para desconfortos e problemas digestivos.
• Comprometimento da circulação sanguínea: a pressão contínua dificulta a circulação, especialmente na região abdominal e nas pernas, podendo aumentar o risco de inchaço e varizes.
• Sobrecarga do assoalho pélvico: o uso prolongado pode exercer uma pressão excessiva sobre o assoalho pélvico, aumentando o risco de problemas como incontinência urinária.
Para reduzir a barriga e afinar a cintura, é essencial investir em uma rotina de exercícios físicos, alimentação balanceada e fortalecimento da musculatura profunda do abdômen. Essa musculatura age como uma verdadeira cinta natural, oferecendo suporte e firmeza sem riscos. Diferentemente dos exercícios tradicionais, o fortalecimento dessa região exige treinos específicos para alcançar camadas mais profundas, garantindo resultados mais seguros e duradouros.
* Artigo da colunista Érica Henriques, Fisioterapeuta especialista em harmonização abdominal, tratamento abdominal pós-parto, diástase e harmonização. Para mais informações, clique aqui!