Falar em público para muitas pessoas pode ser um dos maiores e piores desafios, principalmente para as pessoas que acreditam que são tímidas. Muitas pessoas apresentam sérias dificuldades e até medo de falar em público, e os motivos são de várias ordens, tais como: a ansiedade, o nervosismo e a insegurança. Esses sentimentos podem levá-los a ter muitas reações emocionais e até físicas, tais como: taquicardia, sudorese, tremedeira, boca seca e uma sensação desconfortável no estômago. Essas reações podem prejudicar uma apresentação, gerando experiências desagradáveis que são capazes de prejudicar sua autoimagem e autoestima, mesmo que você tenha conhecimentos sobre o que vai falar.
Devido ao desconhecimento sobre o que acontece nessas horas, é muito comum as pessoas associarem esses desconfortos à timidez, à incapacidade e ao despreparo, atribuindo uma responsabilidade pessoal.
Porém, a resposta para isso está, em primeiro lugar, no nosso autoconhecimento, conhecendo os limites e desafios que precisamos superar. O segundo é o treinamento. A nossa formação acadêmica ou empírica não contempla a preparação para a oratória, mas há uma cobrança excessiva no desempenho das pessoas. Essas atitudes geram bloqueios e até dramas que podem ser danosos para o bom desempenho das pessoas e, em alguns casos, podem favorecer o desenvolvimento de síndromes como a do pânico e de ansiedade.
Mas, para que o treinamento seja eficiente, é fundamental alguns cuidados na escolha do método e das referências profissionais para a efetividade desses benefícios; caso contrário, o tiro pode sair pela culatra. E o treinamento mal orientado pode atrapalhar mais do que ajudar.
A oratória é a arte de falar em público, de forma eficiente, clara, objetiva e concisa. O objetivo é passar sua mensagem com naturalidade e espontaneidade. Sabendo controlar suas emoções. Algumas dicas, orientações e truques podem ser valiosos, seja na hora de exercitar ou no momento da apresentação. Confira sete conselhos que podem ajudar a sua oratória:
1) Conheça suas qualidades e dificuldades. Dê ênfase nas suas qualidades, demonstrando confiança, determinação, autoestima e alegria.
2) Tenha consciência de seus gestos, postura, expressões fisionômicas e nas micro expressões. Evite tiques nervosos, trejeitos e gestos inadequados ou sem lógica.
3) Mantenha atenção e cuidado com sua voz, articulando bem as palavras, projetando e transmitindo toda sua emoção no ritmo adequado da fala. Evite cacoetes verbais ou vício de linguagem, tais como: né, tá, tipo assim, etc.
4) Aja com muita naturalidade e espontaneidade. Não crie um personagem. Seja você! Lembre-se: o momento é seu. Dê o seu melhor!
5) Não coloque as mãos nos bolsos e não use muletas. Deixe-as livres, elas sabem o que fazer!
6) Respire com consciência e qualidade. A respiração é fundamental para a produção adequada da fala e para o seu autocontrole.
7) Aposte no storytelling e crie uma narrativa lógica, coerente e criativa para sua apresentação. Prenda a atenção das pessoas e fale como elas, não para elas. Faça perguntas, mantenha um vínculo agradável e de cooperação. Lembre-se: a plateia está ali só para ouvir você!