Ver alguém lendo ou com um livro em mãos dá a impressão de que essa pessoa é culta, não é mesmo? Isso pode ser só aparência, mas o livro é mesmo um símbolo de conhecimento.
Ler, nos últimos tempos, não tem sido mais um hábito. Ainda assim, sabemos que a leitura é a maneira mais simples e valorizada de ampliar o nosso repertório cultural. Para ajudar você a trazer seu filho para o mundo da leitura, a PenseBem vai te dar algumas dicas.
1. Dê um objetivo
Nada do que fazemos é sem objetivo. Mesmo sem um previamente definido, estamos em busca dele ou esperando que ele aconteça por si só. Há também objetivos que alguns não reconhecem, como lazer, entretenimento, relaxamento, mas eles contam! Quando temos um propósito na leitura, ela se justifica. Por exemplo, ler para observar o perfil das personagens, para identificar características do tema, para buscar argumentos, para “esvaziar a mente”, para se atualizar sobre fatos, etc. Pode ser de qualquer tipo, só não pode não ter razão para ler!
2. Venda a leitura
Antes de oferecer uma leitura nova, “venda a ideia”. Fale sobre o texto, como ele pode ser interessante, útil, divertido, enfim… Faça sua propaganda para atrair o seu leitor. Só não vale entregar o ouro antes de deixá-lo desvendar o caminho.
3. Não exija que ele leia o que você gostaria
Um dos maiores erros dos pais (e muitas escolas também) é escolher o que a criança deve ler com base em critérios adultos. Veja bem, uma leitura obrigatória já não é nada legal, quando é de uma obra que não tem nada a ver com a pessoa, pior ainda. É preciso respeitar o tempo de aprendizado e a capacidade de entendimento do leitor. O tema e o tipo de texto devem ser adequados. Não adianta pedir que um menino de 11 anos leia um artigo científico sobre célula-tronco se ele não tem o menor interesse em ciência. Vale mais escolher um tema que ele goste ou um gênero textual mais “legal”.
4. Restringir os gêneros
Os gêneros textuais são os vários textos existentes na sociedade, por exemplo, carta, notícia, artigo, conto, etc. Para incentivar uma pessoa a ler, você deve apresentar todas as possibilidades ao alcance e deixar que ela se decida. Não adianta dizer para o seu filho parar de ler histórias em quadrinhos e “arrumar algo mais útil”. O melhor mesmo é entrar no mundo das HQs junto com ele e encaminhá-lo a temas interessantes. Por exemplo, hoje, há HQs sobre política, literatura, ciências, história… Aliás, os clássicos da literatura brasileira estão ganhando suas versões em HQ, sabia?
5. Leia com ele
A leitura costuma ser vista como um ato solitário, mas nem sempre foi assim. Antigamente, as pessoas se reuniam para ouvir uma história lida por alguém do grupo. Esse hábito foi se perdendo à medida que a alfabetização e o acesso ao livro foi se democratizando. Mas não significa que momentos de leitura compartilhada, principalmente entre pessoas próximas, não sejam mais eficazes. Isso pode ajudar seu filho a perceber que não está sozinho, além de ser uma ótima maneira de ter um tempo com ele.
6. Seja exemplo
“Faça o que eu digo e não o que eu faço”. Não é isso o que queremos, certo? Não adianta dizer, frequentemente, para a criança ler, se você mesmo sequer pega em um livro, um jornal, uma revista. As crianças que crescem vendo seus pais leitores tendem a internalizar esse hábito de forma mais natural. Então, leia!
7. Proponha desafios
Crianças adoram desafios! Você pode propor algo, como leitura em um determinado tempo (não exagere, nem sempre eles leem no ritmo que imaginamos), ou propor que haja uma produção pós-leitura a ser apresentada para a família (por exemplo, criação de um figurino baseado em uma personagem ou um cartaz sobre o tema). Use a criatividade! Cada um sabe o que pode motivar seu filho.
8. Frequente livrarias
Às vezes, nem estamos a fim de ler algo ou comprar um livro. Mas, ao entrar em uma livraria, quem não tem vontade de levar algo para casa? O ambiente nos leva à curiosidade do olhar… Olhar os livros, as cores, as capas, a arrumação. Estar ali é atraente. Por isso, é legal levar seu filho a uma livraria e deixá-lo viver o espaço, escolher por conta própria. Não se esqueça de que você também deve sair de lá com uma leitura nova a fazer!
9. Mantenha um ambiente apropriado
Em casa, muitas vezes, não nos sentimos à vontade ou concentrados para ler. É importante que haja um espaço e um clima propícios à leitura. Não dá para ler com muito barulho, crianças correndo, cachorro latindo… Mais ainda: é bom ter um espaço com livros, isso não quer dizer um cômodo inteiro de biblioteca, mas o lugar dos livros. Isso mostra ao seu filho que a leitura tem seu espaço na casa, na família.
10. Incentive a escrita
O que tem a ver leitura com escrita? Bem, superficialmente, vamos entender a escrita como um modo de organização do pensamento. Incentive seu filho a escrever o que pensa, o que achou de uma leitura, de um assunto, etc. Publicar as conclusões dele no Facebook, por exemplo, já é uma ótima resposta ao ato de ler, além de aprimorar a organização escrita, o vocabulário e a interlocução.