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Dislexia e discalculia afetam os âmbitos acadêmico, profissional e social

Para quem não sofre com o transtorno de aprendizagem, pode parecer apenas uma confusão devido ao estresse, desatenção, um problema de visão ou a dificuldade para entender a caligrafia de outra pessoa.

Contudo, para muitas crianças e adultos, é uma consequência de um distúrbio que afeta os âmbitos acadêmico, profissional e social.

A dislexia é um transtorno de aprendizagem definido pela dificuldade nas habilidades de escrita e leitura. E marcado, principalmente, pelas trocas de letras e sons semelhantes.

Dislexia
O tratamento ideal deve envolver a criança, a família e a escola.

O transtorno surge devido a uma má formação no cérebro. Durante a gestação, desenvolvemos circuitos responsáveis pelas conexões entre as células do sistema nervoso central.

No caso dos disléxicos, ainda na formação intrauterina, há uma falha no transporte das células que deveriam formar esses circuitos, provocando alterações.

Por isso, o órgão apresenta problemas ao fazer a circulação das informações nas áreas responsáveis pela leitura e escrita.

Os primeiros a perceberem a dificuldade da compreensão costumam ser os professores e familiares. As intervenções desenvolvem os aspectos cognitivos e também trabalham os afetivos-motivacionais.

O tratamento ideal deve envolver a criança, a família e a escola, com o intuito de valorizar as conquistas do disléxico e reconhecer a importância das mediações adequadas.

Além da leitura e escrita, algumas pessoas podem apresentar dificuldades para interpretar números, o que é classificado como discalculia. Trata-se de um transtorno específico do processamento matemático e na realização de cálculos.

Assim como a dislexia, apresenta componentes biológicos e ambientais. Surge a partir da hereditariedade mesmo que esse aspecto ainda não tenha sido identificado com precisão.

Os primeiros podem estar relacionados ao funcionamento neurológico e às alterações no lobo frontal e no lobo parietal esquerdo. Já os fatores ambientais estão associados aos mesmos critérios da dislexia.

Após o diagnóstico, dá-se início as intervenções necessárias com uma equipe multidisciplinar. Na escola o professor pode elaborar provas com enunciados mais simples e objetivo.

É preciso pensar em uma proposta de ensino personalizada conforme as necessidades do aluno, com acompanhamento psicopedagógico e de fonoaudiólogo para auxiliar nos processos de leitura e escrita. Só assim é possível visar o bem-estar global da criança.

TDAH, Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes Barra da Tijuca * Artigo da colunista Regina Marques Gonçalves, neuropedagoga. (@reginamarquesgon)

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