“Não separe o homem o que Deus uniu” (Mt 19,6). A célebre frase evidencia a indissolubilidade do matrimônio. De fato, perante a Igreja, o casamento é a união de um homem e uma mulher para sempre. E tornar a união duradoura e feliz é uma tarefa árdua, desafiadora e apaixonante.
Sim, porque as brigas, as diferenças e as crises sempre aparecem (inclusive nos melhores casamentos). É aí que surgem os descontentamento, e, mesmo sem pensar no divórcio, muitos casais podem passar por ele de forma sentimental. É o tal do “divórcio emocional”.
O que é o divórcio emocional
Em meio às crises e dificuldades do casamento, os cônjuges começam a se distanciar. O divórcio emocional é um estado de afastamento, uma desconexão entre o casal. Uma fase do relacionamento que, normalmente, antecede o divórcio legal. Mas a boa notícia é que esta fase é passageira, reversível e pode ser evitada.
Seis sinais que indicam se o relacionamento está passando por um divórcio emocional. São eles:
NÃO RESOLVER CONFLITOS
Uma característica dos cônjuges que passam por um divórcio emocional é não querer resolver conflitos. Isso demonstra que ele/ela não está se importando com a vida conjugal e com o compromisso que assumiram.
EXCESSO DE CRÍTICAS
As críticas se sobressaem aos elogios entre o casal. Um critica o outro até em relação às coisas mais simples e sem importância. O desgaste é uma consequência disso.
DESAFETO
A falta de interesse nos sentimentos do outro é um sinal de que o casamento está em crise. Isso gera falta de afeição e carinho.
DE INTIMIDADE SEXUAL
Casais que se afastam emocionalmente também se distanciam na sexualidade.
FALTA DE AMIZADE
Um deixa de ver o outro como amigo e companheiro. Com isso, também acabam as brincadeiras, o bom humor, as risadas e a cumplicidade anteriormente presentes em todos os aspectos da vida a dois.
VIDA DE SOLTEIRO
Os cônjuges emocionalmente divorciados querem passar a levar uma vida de solteiro, não importando com a companhia do outro.
Como salvar o casamento
O divórcio emocional, o principal sinal dessa “separação” é o fato de os cônjuges quererem fazer tudo sozinhos: falar sozinho, passear sozinho, ir à igreja sozinho, dormir sozinho. Existem quatro pilares que evitam o divórcio emocional e salvam o casamento:
– o diálogo constante, que permite o desabafo e o alívio das tensões;
– o perdão, que liberta das mágoas, decepções e vinganças;
– o carinho, que reacende a confiança;
– a oração, que enlaça as almas, os projetos e as intenções do casal.
“Apreciar o outro é atitude de quem ama. O outro precisa sentir e saber que é amado. O pior inferno é a incapacidade de amar e de deixar-se amar. O amor transforma tragédias em triunfos. Não deve, pois, o casamento matar o amor.”
* Artigo publicado pela colunista Sandra Trindade, terapeuta sistêmica que atende no Instituto Angélica Mendes.