Que saudades da nossa coluna! Foi só um mês, porém parece que foi muito mais, tão grande é a satisfação em estarmos juntos. Setembro foi um mês de trabalho árduo (que bom, porque o momento pede). Passaram-se os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, e foi um sucesso, festa a gente sabe fazer, né? Nossos atletas deram um show! Primeiro turno das eleições para prefeito, bem, isso é melhor nem comentar…
Agora estamos de volta para continuarmos nossa conversa. Em nosso artigo anterior, vimos algumas dicas de como escolher a cerveja mais adequada para cada ocasião, os copos certos e as temperaturas de serviço. Dando continuidade, vamos para a melhor parte: degustar! Assim como o vinho, as qualidades das cervejas devem ser observadas.
A maioria das coisas começa pelo olhar. A tal beleza interior vem depois… Degustar uma cerveja não é diferente. Logo de cara, uma garrafa de cerveja nos diz muito do que possivelmente encontraremos. Estilo, procedência, teor alcoólico e algumas até trazem dicas de harmonização, como a nossa querida Baden Baden.
Primeiro, observe a cerveja, de preferência contra a luz, cor, formação e retenção da espuma, levando em conta cada estilo. Alguns devem ser cristalinos e outros podem ser mais opacos. Incline o copo, com cuidado, comece a servir a cerveja, volte o copo para a posição vertical e veja o colarinho de espuma branca aparecer. A cerveja é a única bebida alcoólica que tem colarinho de espuma. Ele se forma quando o dióxido de carbono sobe através do líquido e adere a proteínas criadas pelo cereal (cevada, trigo, etc) maltado.
Cheire a cerveja, não é muito bonito, mas pode encostar o nariz no copo. Sinta os aromas, alguns são bastante voláteis, desaparecem rápido. Busque logo suas primeiras impressões. Gire lentamente o copo e cheire de novo, perceba qual aroma predomina, flores, caramelo, frutas, ervas… Não faça isso muitas vezes, pois seus sentidos olfativos podem ficar confusos e prejudicar sua percepção. Agora, enfim, você pode colocar sua cerveja na boca, mas não engula ainda, distribua-a pela boca.
Até pouco tempo, sabíamos que a língua sentia somente 4 sabores, o doce, azedo, amargo e salgado. Porém, especialistas encontraram um 5º sabor: o umami. O umami é uma palavra japonesa que pode ser traduzida como “saboroso”, “delicioso”, que estaria relacionado à sensação picante do sabor. Note qual sabor mais se sobressai: o doce, o amargo, o azedo… Após identificar qual sensação é mais perceptível para você (não podemos esquecer que uma degustação é algo muito subjetivo), pode beber. Beba de novo, note se os sabores mudaram, se tem caramelo, chocolate ou outro, se é uma cerveja leve para dias quentes, ou mais encorpada, aquela para os dias mais frios.
Sinta qual sabor ficou na boca, se é persistente ou se desaparece rapidamente. Uma degustação também serve para nos mostrar os defeitos. Tomara que você não os encontre. Veja se ela é, na boca, exatamente o que diz no rótulo. Anote, dê suas impressões, faça isso sempre que puder, não precisa usar palavras difíceis, nem complicar muito. Assim como costumo dizer a respeito do vinho: a melhor cerveja é a que você gosta.