Com a chegada do verão e suas elevadas temperaturas, aumenta-se o risco de desidratação na população idosa. Existe um desequilíbrio no sistema de termorregulação corpórea e na sensação de sede em pessoas com mais de 65 anos.
Os idosos têm uma reserva menor de água corpórea do que os adultos e uma menor capacidade de se adaptar ao calor. A desidratação nos idosos pode estar relacionada ao processo natural de senescência, ao uso de medicações (ex: pacientes hipertensos que usam diuréticos) ou a fatores ambientais (prática de atividade física em dias muito quentes).
É importante lembrar que os idosos possuem um desequilíbrio no sistema de ajuste de temperatura corporal, e, com isso, há redução na sensação de sede, levando a uma ingestão reduzida de líquidos, consequentemente a um risco maior de depleção de volume de água corpórea. A água é o maior constituinte do corpo humano e consequentemente um dos elementos mais importantes para a manutenção da vida.
Entre os sinais clássicos de desidratação, estão: lábios secos, diminuição da quantidade de urina, irritabilidade, sonolência, confusão mental, apatia, fadiga, dor de cabeça e mal-estar.
A SBGG (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia) reforça que, devido às características climáticas do Brasil, em que o clima tem se demonstrado quente não somente no verão, é importante manter-se atento à desidratação nos idosos independente da estação. É recomendado ingerir cerca de 2 litros de água por dia (exceto pacientes com insuficiência cardíaca que forem orientados pelos seus cardiologistas a restringirem a quantidade de ingestão hídrica); usar roupas leves, manter ambientes climatizados, evitar atividade física nos horários mais quentes do dia, evitar bebidas alcoólicas que contribuem para a desidratação, preferir alimentos menos gordurosos e usar protetores solares nas áreas do corpo expostas aos raios solares.