A avaliação do risco cirúrgico é essencial para minimizar os riscos inerentes à cirurgia. A cada ano, milhões de pessoas são submetidas a cirurgias sob anestesia geral ou espinhal. A maioria das cirurgias não apresenta complicações, mas em cerca de 3 a 10% dos casos ocorrem complicações graves, principalmente cardiológicas, respiratórias e infecciosas.
O risco das complicações é mais comum em pacientes com doenças cardiológicas, hipertensão arterial, diabetes, doenças pulmonares, renais, e nos idosos.
Portanto, todo o paciente que precisa de cirurgia eletiva necessita de avaliação do risco cirúrgico, que caracteriza-se:
- História clínica
- Exame físico
- Exames complementares:
- Hemograma
- Coagulograma
- Eletrocardiograma
- Ecocardiograma
- Teste ergométrico
- Outros mais específicos para cada paciente.
Objetivos da avaliação:
O principal objetivo da avaliação do risco é estimar o risco beneficio da cirurgia, considerando que doenças pré existentes podem descompensar durante o ato cirúrgico e no pós-operatório.
Benefícios da avaliação:
A maior preocupação na avaliação pré-operatória do risco cirúrgico é definir a presença de doenças cardíacas. É necessário estabelecer se o risco é baixo, intermediário ou alto. De acordo com o risco cirúrgico pré estabelecido pelo cardiologista, o paciente será beneficiado com uma cirurgia mais segura. É importante entender que o risco cirúrgico não garante totalmente a ausência de complicações.
A relação de risco beneficio da cirurgia deve ser avaliada entre o médico e o paciente. As informações obtidas orientarão a equipe cirúrgica e o anestesista para cuidados durante o ato cirúrgico e no pós-operatório, tornando o procedimento mais seguro.