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Interação e cérebro social

interna regina

A imitação é essencial para o desenvolvimento cognitivo da criança. Essas habilidades mais complexas serão desenvolvidas nas primeiras décadas de vida e são essenciais para a interação social do indivíduo.

A capacidade de se colocar no lugar do outro é um exemplo dessa habilidade. Graças a ela, choramos e rimos no cotidiano. Com os outros, nos emocionamos, como se sentíssemos o que estão sentindo. Uma criança de 2 ou 3 anos ainda não adquiriu essa capacidade de maneira plena, que vai sendo construída por meio da interação social, troca de olhares, da observação das reações dos pais e das outras pessoas. A conversa assume um papel essencial no processo.

Nos últimos anos, temos vivenciado uma modificação nas interações sociais proporcionada pela tecnologia. Elas ampliam as possibilidades de interação, mas com a redução do contato físico, da conversa presencial, do olho no olho.

Na perspectiva da neurociência, refletiremos sobre os mecanismos neurais nessa conexão do cérebro social. Esse sistema compreende regiões do córtex pré-frontal, giro cinculado, orbitofrontal, amígdala.

A interação entre essas regiões nos permite reconhecer e reproduzir sentimentos expressos em um conjunto de movimentos que caracterizam um sorriso espontâneo ou uma feição de tristeza.

Com isso, tais grupos celulares são capazes de detectar o foco da atenção e os movimentos do outro. Toda essa rede neural garante uma capacidade cognitiva que permite que se possa interferir no estado mental e emoções do outro. E é essa capacidade de interferência que possibilita a interação social.

 

 

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