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Janeiro Branco: um chamado para cuidar da saúde mental e emocional

Janeiro é a porta de entrada para um ano de realizações e metas. Todas as promessas passam pelo mês que representa o início de um ciclo de mudanças. Naturalmente, é um mês que inspira reflexões sobre a vida, relações, sentido, o passado vivido e os objetivos a serem alcançados no ano que se inicia. Mas tudo isso perde o sentido se não tivermos saúde e bem-estar.

Em 1946, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas como a ausência de doença ou enfermidade.

 

Em junho de 2022, a mesma OMS divulgou a maior revisão sobre a saúde mental mundial desde a virada do século. O resultado é alarmante: 1 bilhão de pessoas apresentavam transtornos mentais em 2019.

Janeiro

No Brasil, desde 2014, foi criada uma campanha de conscientização sobre saúde mental e emocional: o Janeiro Branco. Em 2023, ela foi oficialmente reconhecida como lei federal, tema que abordo nesta coluna.

O tema de 2025 é: “O que fazer pela saúde mental agora e sempre?”. A proposta é que pessoas, famílias, empresas e instituições públicas e privadas promovam ações concretas para valorizar a saúde mental como prioridade coletiva. Afinal, este é um problema mundial. A cultura de cada país pode ser saudável ou tóxica, promover o bem-estar ou causar danos.

Em uma pesquisa mundial, ao serem questionadas sobre “qual o maior problema de saúde enfrentado pelas pessoas em seu país hoje”, a saúde mental foi a maior preocupação relatada no Chile (69%), seguida pela Suécia (68%) e Austrália (60%). O Brasil ocupa o nono lugar, com 54% da população compartilhando dessa percepção.

 

Na Europa, segundo os autores de uma pesquisa internacional recente, os transtornos mentais se tornaram “o maior desafio do século XXI”.

O Brasil lidera o ranking de países mais ansiosos do mundo, com 18,6 milhões de pessoas afetadas. É o quinto país mais depressivo, com 11,5 milhões de casos, e o quarto mais estressado, com 42% da população relatando esse sentimento. Apesar disso, cerca de 77% dos brasileiros já refletiram sobre a importância de cuidar da saúde mental, um índice bastante expressivo.

Outro dado preocupante é que pessoas com condições graves de saúde mental vivem, em média, 10 a 20 anos menos que a população geral, principalmente devido a doenças físicas evitáveis.

Jáneiro

Uma das chaves para evitar ser mais um número nessas estatísticas é buscar o caminho do autoconhecimento. Afinal, prevenir é melhor que remediar, não é mesmo?

O autoconhecimento promove autoconfiança e eleva a autoestima. Assim, é possível se desapegar de preocupações e inseguranças que impedem a aceitação de desafios, a ousadia e uma vida plena. Além disso, conhecer a si mesmo permite identificar sentimentos e reconhecer, com antecedência, o momento certo para procurar ajuda médica.

O esforço desse movimento de conscientização é cortar o mal pela raiz. Medicamentos podem ser necessários para tratar doenças ou aliviar sintomas, mas não garantem a compreensão das causas que originaram esses problemas. A palavra “cura”, cuja raiz significa “voltar à inteireza”, nos lembra que somos feitos de corpo, mente e espírito. Cuidar desses pilares nos conduz ao equilíbrio. A cura não é garantida, mas está disponível – dentro de nós mesmos.

Acredito e compartilho a ideia de que todo sintoma é um alerta da alma para uma carência essencial. O objetivo é abrir um novo caminho que nos leve, de forma mais rápida, ao autoconhecimento e, consequentemente, a uma saúde mental e emocional.

É chegada a hora de criarmos uma nova consciência, reconhecendo o que nos afasta da saúde e do bem-estar e ajustando nossos hábitos diários com escolhas mais assertivas.

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Rosane Ventura (@rosaneventuraa) é especialista em saúde mental, instrutora de yoga e organizadora de retiros espirituais. Sua trajetória é marcada pela dedicação ao autoconhecimento, ao equilíbrio entre corpo, mente e espírito, e à promoção do bem-estar coletivo. Rosane utiliza suas experiências e conhecimentos para ajudar pessoas a conquistarem mais qualidade de vida, por meio de práticas conscientes e reflexivas que estimulam uma nova consciência sobre saúde mental e emocional.

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