Para falar da Medicina Integrativa, é importante lembrar de tempos atrás, quando existiam os chamados “médicos de família”. Naquele tempo, havia um só profissional – o médico que tratava dos problemas mais simples aos mais complexos e normalmente de toda a família – com uma visão única do ser humano. Hoje, os médicos foram se especializando em diversas partes do corpo, deixando de assistir o paciente como um todo. Para retomarmos essa ideia da visão global da saúde do ser humano, surge uma medicina moderna que chamamos de Medicina Integrativa, buscando tratar o paciente como um todo através de uma visão de corpo, mente e espírito, e não apenas continuar com a ideia de que os especialistas visam apenas uma parte ou um órgão de suas especialidades.
É bastante comum o paciente procurar um especialista em determinada área e sair do consultório com uma orientação e uma lista enorme de remédios. Este paciente procura outro especialista em outra área específica e sai com outra lista de remédios, formando aquela enorme poli farmácia e apresentando aquela lista de efeitos colaterais. Na prática de atendimento atual, cada profissional se preocupa com a sua especialidade, fragmentando o paciente em diversas partes, esquecendo do olhar global único.
“Uma cabeça não vive sem corpo e um corpo jamais viverá sem a cabeça.”
A Medicina Integrativa é composta por profissionais de uma equipe multidisciplinar que utiliza a medicina tradicional para tratar os problemas com Alopatia e com a Homeopatia, juntamente com a associação de diversas técnicas e terapias complementares, como Acupuntura, Fitoterapia, Práticas Ortomoleculares, Florais, Reiki, Meditação, Hipnoterapia, Aromaterapia, Quiropraxia, Ozonioterapia, Plasma rico em plaquetas, Terapia de Von Ardene, Yoga e muitas outras.
Com o surgimento da Medicina Integrativa, tivemos uma mudança de abordagem, tirando o foco da doença e do sintoma, passando para o paciente de forma personalizada. Esta abordagem busca, através do uso de diversas vertentes, chegar à cura, visando um maior bem-estar, o aumento da qualidade de vida e da longevidade.
Atualmente, diversas terapias complementares, ou Práticas Integrativas, estão implantadas em diversos centros médicos, inclusive no SUS. O Sistema Único de Saúde oferece em suas consultas diversas especialidades, como Fitoterapia, Homeopatia e Acupuntura. Na rede privada, este número cresce a cada dia, recebendo uma maior certificação se usadas em conjunto com a medicina tradicional. Não é raro ir a um médico e ser encaminhado para um acupunturista. Alguns estudos ainda questionam o efeito placebo que essas práticas teriam sobre os pacientes, mas outros comprovam a eficácia do tratamento. O efeito placebo seria o responsável pela melhora dos pacientes que, de tanto acreditar que aquele tratamento faria efeito, realmente eliminariam os sintomas. Se fosse o caso, mesmo trabalhando apenas a mente, já seria um ganho de qualquer forma. No entanto, para a ciência, tudo deve ser sempre muito bem comprovado e a tendência é que cada vez mais as terapias complementares, ou Práticas Integrativas, assim também chamadas, possam ser certificadas por sua eficácia.
A Medicina Integrativa será a verdadeira “Medicina do Futuro”, que respeita a individualidade do ser humano e dá atenção para o ser como único e diferente uns dos outros. Afinal, a única semelhança que temos uns com os outros é o fato de sermos diferentes, e isso tem que ser levado em consideração para que tenhamos sucesso em qualquer tratamento de saúde. A Medicina Integrativa enxerga a forma como reagimos a determinadas desordens físicas e emocionais, gerando doenças nos campos físico, emocional, espiritual e/ou energético. Além disso, estimula uma mudança de hábitos alimentares, estilo de vida, e o uso de suplementos alimentares, a recomendação da prática de atividades físicas, redução de stress, e práticas que focam a integralização do corpo e da mente.