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Neurofeedback

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Foto: VisualHunt

 

 

Neurofeedback é um método de treinamento neurofisiológico que funciona por meio de equipamentos eletrônicos. Seu maior objetivo é promover a capacidade de autorregulação do sistema nervoso central. Utiliza-se o neurofeedback com EEG eletroencefalografia e com HEG hemoencefalografia.

O treinamento ensina o cérebro novas formas de se comportar. O cérebro, ao longo da vida, costuma acumular certos hábitos, certos vícios de comportamento que não são funcionais e, muitas vezes, começa a repetir alguns padrões que podem estar prejudicando a vida das pessoas, como ansiedade, emoções negativas, problemas de concentração, entre outros. O neurofeedback treina esse cérebro com um equipamento que permite mapear e ver em tempo real como esse cérebro está funcionando, através das ondas cerebrais, que são ondas eletromagnéticas. É importante saber que nosso cérebro é um órgão elétrico e químico, funciona com correntes elétricas passando por ele gerando as ondas eletromagnéticas.

Durante as sessões, são colocados eletrodos sobre o couro cabeludo que permitem treinar a atividade dos neurônios em áreas específicas do cérebro. Ocorre uma aprendizagem cerebral através do condicionamento operante das ondas cerebrais. Através dos sensores conectados na cabeça do cliente, consegue-se ver em tempo real como esse cérebro está funcionando, quais tipos de ondas esse cérebro produz, e a partir disso, ocorre um processo de treinos. Essas ondas magnéticas são classificadas em alguns grupos como delta, theta, alfa, beta, gama, cada uma com sua frequência de vibração diferente. O que acontece, muitas vezes, são ondas erradas do cérebro, que podem ser disfuncionais. Por exemplo: quase sempre a ansiedade está ligada a um excesso de ondas muito rápidas na parte direita do cérebro, onde deveria haver ondas lentas. Assim, o neurofeedback irá treinar essa área para modificar esse padrão.

Neurofeedback é um processo muito interessante, muito diferente de tudo que existe, pois permite que se ajuste as ondas cerebrais, de forma lúdica, com jogos, músicas e filmes numa tela de televisão. Os resultados poderão ocorrer nas primeiras sessões, num processo de 6 a 10 meses, para obter resultados.

O processo das sessões do neurofeedback ocorre, inicialmente, com um mapeamento analisando 20 regiões cerebrais, entendendo como essas áreas estão produzindo os conteúdos, que tipo de ondas cada área produz e como essas regiões cerebrais se comunicam uma com a outra. A partir desse mapeamento, identifica-se o que poderá ser ajustado nesse cérebro, através de um plano de treinos, com uso de jogos, filmes ou músicas, através de filtros que são utilizados na tela da televisão, que irá refletir o que estão ocorrendo com o cérebro nesse momento. Quando o cérebro não se comporta conforme o desejado, a música ou o filme muda a forma, diminuindo ou parando. Então, à medida que se recebe esse feedback, esse cérebro começa a se regular, para trazer de volta a música ou o filme na forma correta. Para a pessoa ter o melhor desempenho possível, estes feedbacks na verdade estão refletindo aquilo que o cérebro produz.

O Neurofeedback tem uma tradição muito grande no TDAH, produz efeitos comparáveis ao de medicamentos, com grandes vantagens: não tem efeito colateral, não cria dependências em tomar o medicamento para o resto da vida e, diferente dos medicamentos, o Neurofeedback ensina ao cérebro uma forma diferente de se comportar, criando resultados permanentes.

O treinamento de Neurofeedback para TDA/H é normalmente associado com a diminuição da impulsividade e da hiperatividade, um aumento da estabilidade do humor, melhores padrões de sono, aumento da capacidade de atenção e concentração, melhoria do desempenho acadêmico e aumento da retenção e memória, e com uma taxa muito menor de efeitos colaterais. É uma técnica não invasiva, um processo não medicamentoso, através de sensores na cabeça que não dão choque. A função dos sensores é apenas enviar informações que o cérebro está produzindo para o computador processar, e a partir do que se vê na tela, o profissional ajusta através do feedback recebido.

O Neurofeedback tem apresentado resultados significativos no tratamento do autismo e da síndrome de Asperger. No geral, o neurofeedback tem o respaldo das pesquisas como um tratamento benéfico para os problemas do espectro do autismo, com relatos de mudanças positivas na função cerebral, atenção, QI e impulsividade, bem como nas avaliações dos pais em relação a outros problemas de comportamento, tais como comunicação, comportamento estereotipado e repetitivo, interações sociais recíprocas e sociabilidade. Embora o neurofeedback certamente não seja uma cura para essas condições, parece geralmente produzir melhoras significativas nestas condições crônicas.

Não há nenhuma restrição ou contra indicação, e ele poderá ser usado em crianças a partir de 4 anos em diante.

Esse tratamento já existe há mais de 40 anos, com aplicações vastas em:

• Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH;
• Dislexia (dificuldades de ler e reconhecer palavras);
• Discalculia (distúrbio neurológico que afeta a habilidade com números);
• Disgrafia (dificuldade na escrita pode estar associada à dislexia);
• Demais perturbações da aprendizagem;
• Perturbações do desenvolvimento;
• Controle de crises convulsivas na epilepsia;
• Prevenção de cefaleias de tensão e enxaquecas;
• Ansiedade e stress;
• Depressão e outras perturbações do humor;
• Perturbações do sono;
• Otimização da performance no esporte;
• Treino de otimização da performance mental;
• Otimização da performance profissional;
• Alzheimer e demência.

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