Ao errar, o indivíduo estimula muito mais sua mente do que simplesmente quando acerta. É como se errar fosse uma jornada que estimula a pessoa a analisar os motivos pelos quais ela chegou ao erro, a tentar entender a si, mesmo que muitas vezes essa jornada tenha os seus riscos. Errar é aventurar-se pelo mundo, é buscar o novo.
Por que erramos? É uma fascinante jornada através da falha humana, que vai desde convicções erradas sem admissão de culpas, erros médicos e profecias que falharam até falsas lembranças. Erros podem ter várias causas, como nossos sentidos, que nos dão uma percepção particular do mundo, das crenças e dos ensinamentos arraigados, o modo de pensar da sociedade e o que é considerado aceitável; os jogos em que uma pessoa se deixa enganar pela mente, mas que, nesses jogos, não há risco nem culpa (ao contrário, há empolgação porque a pessoa gosta de desafio, de tentar descobrir onde está errando e, enfim, se diverte quando descobre onde está o truque).
Em geral, as pessoas não gostam de estar erradas. Elas se sentem atraídas pela certeza e normalmente não admitem seus erros, escondendo-se atrás de desculpas e pretextos, nos quais até passam acreditar. Entretanto, é necessário entender o erro como uma espécie de estímulo para o ser humano.
Nos dias atuais, os erros têm sido muito nocivos, prejudicando muitas pessoas, muitos relacionamentos, mudando a vida de muitos indivíduos, causando traumas e preconceitos. Devemos ter um novo “olhar” para o erro, sob um novo prisma. O erro é tanto algo presente quanto é, de fato, um presente, algo capaz de transformar nossa visão de mundo, nossos relacionamentos e, mais profundamente, a nós mesmos.
