A osteoporose é uma doença silenciosa que acomete milhares de pessoas no mundo, principalmente o sexo feminino pós-menopausa. Diferente do que se pensa, a osteoporose não causa dor, por isso é fundamental a realização da densitometria óssea para rastreio da doença.
Essa deve ser feito por todas as mulheres acima dos 65 anos e homens acima dos 70. Em idades menores, o exame está indicado em casos específicos, como na presença de fraturas por fragilidade ou fatores de risco para o desenvolvimento da doença.
A osteoporose é caracterizada pela fragilidade óssea, gerando aumento do risco de fraturas que não ocorreriam no osso saudável, como as vertebrais, de fêmur, úmero ou punho na presença de trauma de baixo impacto, como a queda da própria altura.
O tratamento visa evitar a ocorrência dessas fraturas, pois elas podem causar alta morbimortalidade ao indivíduo, como imobilizações, cirurgias de emergência e dor crônica. O tratamento passa pela suplementação de cálcio e vitamina D, quando necessários; prática de atividade física de impacto; cessação do tabagismo e etilismo; assim como o uso de medicamentos. Atualmente, possuímos diversos tipos de medicamentos para o tratamento da osteoporose, como remédios, orais, subcutâneos e venosos.
Esses são escolhidos de acordo com outras comorbidades que o paciente possa ter e com a classificação do risco desse paciente fraturar: pacientes de mais alto risco possuem indicação de fazer medicamentos que causam um ganho de massa óssea mais rápido. É fundamental o acompanhamento com um médico especialista no assunto, pois a terapia para osteoporose está em constante processo de modernização, assim como não se trata de um tratamento estático: o paciente transita entre mudanças de fármacos para que se atinja o melhor resultado.
* Artigo da colunista Marcella Andrade, 1ª tesoureira da Sociedade de Reumatologia do Rio de Janeiro.