Como é bonita a minha profissão… Como é prazeroso ver as pessoas se divertindo em um ambiente agradável e confortável, seja batendo um papo com os amigos no bar durante um happy hour ou caminhando embaixo de uma marquise com uma sombra providencial num dia de 40º do RJ ou, até mesmo, simplesmente relaxando num sofá lendo jornal enquanto o dentista não o atende. É ótimo saber que o ambiente projetado está funcionando conforme planejado pelo arquiteto.
É uma profissão de muita responsabilidade, muito delicada, e exige muito conhecimento para montar um quebra-cabeça e encontrar a melhor solução para o mega e para o microespaço. É uma responsabilidade muito grande entender o que o cliente está solicitando e sugerir o que ele precisará e cuja necessidade não está enxergando.
O projeto executado conforme o planejado dá vida a mais um filho nosso. Cada projeto para o cliente é o sonho a ser realizado, mas, para nós arquitetos, é um filho que nasceu, cresceu e foi pro mundo. E ver que ele funciona, ver as pessoas usufruindo dele, nos dá uma alegria na alma por saber que mais uma vez cumprimos com nosso objetivo.
O triste é andar pela cidade e ver como existem construções vazias, não só fisicamente mas vazias de sentido, de sentimento, de emoção. É triste ver um salão de beleza vazio em um local movimentado, mas é só olhar para ele e ver que não ter personalidade, que é sem graça, não é moderno. É triste ver uma casa pronta, há anos tentando ser vendida, mas que é um caixote sem graça que ninguém quer comprar. É triste ver um restaurante vazio pois não tem uma boa iluminação, não tem uma fachada atraente.
É inegável que o projeto do arquiteto passa a sua personalidade, seu design, seu estilo e dá vida ao lugar. Valoriza o imóvel, valoriza o espaço, valoriza o entorno, valoriza a vida que ele vai ter.
O arquiteto enriquece os ambientes de detalhes, aproveitando ao máximo cada metro quadrado disponível para trabalhar, utilizando toda sua versatilidade, dando multiutilizações para um mesmo espaço – que hoje em dia andam super reduzidos, mas isso já assunto para uma outra coluna…