O “Setembro Amarelo” surgiu no Brasil desde 2015 visando conscientizar e evitar ocorrências de suicídio na sociedade e principalmente na população de adolescentes e jovens ainda em idade escolar.
Os números entre a comunidade escolar são alarmantes. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) cerca de 32 pessoas se suicidam (por dia) no Brasil e boa parte desse número está em idade escolar.
Isso tudo fez com que a implantação de Inteligência Emocional e Saúde Mental cada vez tomasse espaço e importância internamente nas escolas.
Sigmund Freud já propunha a “cura pela fala” na sua medicina psicanalítica e hoje a escola também entende que o aluno precisa ter esse lugar de fala e ela precisa ter um lugar de escuta, desenvolvendo assim, uma empatia onde sentimentos não sejam ignorados.
Em um país onde a oportunidade de estar com um acompanhamento profissional psicológico ainda é restrito e não popular; a escola ainda é o primeiro local de acolhimento e de educação emocional mais democrático que existe.
Por isso, quando uma escola promove a conscientização e discussão do “Setembro Amarelo” está proporcionando a oportunidade da comunidade escolar receber acolhimento e até mesmo apontamentos e sinalizações de pensamentos suicidas.
A cultura de falar abertamente sobre emoções ainda é um tabu para os brasileiros, mas quando a escola promove essa conscientização está proporcionando aos seus estudantes e familiares, a implantação de uma nova cultura onde emoções são sentidas, vividas e podem ser expressadas.
Conscientizar nunca será exagero e sempre vai gerar resultados positivos; seja para educação ou para proteção.
MINICURRÍCULO: Simone Roque é Psicopedagoga, Educadora, Gestora Escolar, Diretora do Centro Educacional Gideão e da Clínica Multidisciplinar DesenvolviKids. Formada pela Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO) em Pedagogia, com pós graduação pela Universidade Estácio de Sá em Psicopedagogia, e pela FAVENI em Psicanálise, possui mais de 23 anos de experiência em desenvolvimento infantil. Vem se destacando profissionalmente pelo seu trabalho com crianças típicas e atípicas (que possuem algum atraso de desenvolvimento intelectual ou motor), nas áreas do Transtorno de Espectro Autista (TEA) e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
^Artigo da psicopedagoga Simone Roque, educadora, gestora escolar, Diretora do Centro Educacional Gideão eda Clínica Multidisciplinar DesenvolviKids