A consciência da nossa própria humanidade nos permite enxergar no outros os erros que um dia nós também poderemos cometer. O perdão livra você mesmo do vínculo de ódio que te mantém ligado a quem te agride.
Quando odiamos as pessoas, exageramos nos seus defeitos. Quando amamos, exageramos em suas qualidades. E assim, nasce a razão pela qual tratamos cada pessoa de uma maneira distinta.
O censo de punição, através da ideia de como deve ser tratado o outro, nos embaraça o caminho e nos retira a leveza: quem condena alguém, arrasta correntes para si…
Às vezes o que chamamos de perdão é apenas a tolerância áspera e sem compaixão. Na maioria das vezes, o perdão é apenas uma pretensão de superioridade diante do erro de alguém. A simples tolerância, não redime ou acolhe.
Foram as escolhas que você fez até aqui que permitiram que um episódio de dor batesse na sua porta. Você não pode condenar o mensageiro pelo conteúdo de uma carta. Através da dor, a vida também indica aquilo que você ainda precisa aprender. Dor é apenas um outro nome que damos às lições da vida que ainda nos recusamos a aceitar. Quando aprendemos aquilo que uma situação deseja nos ensinar, cessa o seu sentido de existir.
A ideia da ofensa nasce da vaidade. Sentir raiva equivale a desejar mal a alguém, tomando você mesmo o copo do veneno.
O verdadeiro sentido das adversidades é apontar em nós mesmos aquilo que ainda não foi escudado pelas qualidades que deveriam nos encouraçar.
O único perdão que verdadeiramente podemos conceder será a nós mesmos. Aceite o fato de que não é perfeito e devolva às pessoas o espaço que precisam para suas próprias experimentações. Não infantilize sua ideia de perfeição projetando no outro expectativas que nem mesmo você é capaz de atender.
O verdadeiro perdão acontece quando deixamos de enxergar o que deva ser perdoado.