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Você sabe como escolher o cônjuge perfeito? Leia o artigo

Como fazer a escolha certa? Existe alguma receita? Muitas pessoas se perguntam isso, vivem sonhando com casamentos de princesas e príncipes e com aquele tradicional juramento: “até que a morte nos separe”.

Entretanto, o amor é a última coisa que leva ao casamento. O interessante, a atração, a paixão, geralmente influenciam e conduzem o casal para o altar. Para amar de verdade, diferentemente desses outros sentimentos, é preciso conhecimento.

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A ajuda de um profissional especializado pode facilitar muito na sua escolha, ou na manutenção do seu relacionamento.

Quando escolhemos, ainda não conhecemos. Não existe amor à primeira vista e sim escolha à primeira vista. E por que tantas pessoas fazem escolhas erradas? Existem várias razões que levam à escolha do par, baseadas na própria história e no registro de necessidades instaladas ao longo da infância.

Vamos falar de algumas delas. Primeiramente, a busca pela completude. O único lugar que nos sentimos completos é no útero materno. Nele, não nos falta nada. Quando saímos dele, nos é tirado o ambiente quentinho e protegido onde não sentimos fome nem frio.

Surge então uma busca e pacto interno: “quando eu crescer, encontrarei minha cara metade e tudo voltará a ser como antes “. Uma busca incessante pela completude. Pelo que falta.

Isso gera uma busca para reparar a própria história emocional. A idealização do outro como a peça que faltava no “meu quebra-cabeça”. São desejos infantis de completude e realização de fantasias primárias que levam a busca do parceiro idealizado.

Outra questão é a busca de um par para atender as exigências familiares. Atitudes, valores, comportamentos (principalmente de confiabilidade), são aprendidos na observação do tipo de relacionamento conjugal mantido pelos pais.

Sendo assim a escolha conjugal é inconscientemente realizada, de modo a reviver ou evitar o tipo de relacionamento dos pais enquanto homem e mulher. Conceitos que foram formatados na família, a idéia sobre como ser marido e mulher, influenciam na escolha.

A busca também acontece diante da possibilidade ou impossibilidade de estabelecer vínculos afetivos. Quando a criança nasce, a família é quem define os papéis e comunica com comportamentos e atitudes quem são. Sentir a quem pertencem dará a condição de construir laços afetivos em seus relacionamentos do presente e do futuro, e esse individuo poderá confiar e se entregar nos relacionamentos.

Quando não estabelecem esses vínculos afetivos e se sentem abandonados, não pertencentes, ficam marcas de desconfiança. Por não quererem sofrer de novo muitos escolhem com medo de serem abandonados outra vez. Entender o relacionamento do casal requer analisar comportamentos diante das mudanças. Entender a resistência em mudar, sabendo que o que pode estar em jogo é a fantasia de não suportar afetivamente a dor desta mudança.

Mudanças levam a separações, sendo impossível promover união sem separação. Muitos casais se sentem infelizes porque, apesar de estarem casados legalmente, não podem se “casar” emocionalmente, porque não se separaram de seus pais, irmãos, se sentem mais unidos a família de origem do que com o parceiro.

Nesse ponto, as leis do relacionamento precisam ser esclarecidas e trabalhadas no casal. Que são: ordem, hierarquia pertencimento e deixar a família de origem, não no sentido de abandoná-la, mas deixá-la para formar sua família nuclear, pois o casamento leva para este caminho. Primeiro o sistema casal, depois o parental e muitas vezes, não obrigatoriamente, o sistema fraternal. Assim surge uma nova família.

A ajuda de um profissional especializado pode facilitar muito na sua escolha, ou na manutenção do seu relacionamento. Pense nisso!

“ O amor não é olharem um para o outro, mas sim olharem ambos numa mesma direção.” (Antoine de Saint-Exupéry)

* Artigo publicado pela colunista Sandra Trindade, terapeuta familiar, casal e individual, que atende no Instituto Angélica Mendes.

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