Autodidata, Christopher Gui é a essência da criatividade. Multiartista, ele foi coreógrafo, dançarino e, hoje, se destaca nas Artes Plásticas como pintor e joalheiro. Aos 51 anos de idade e 40 de carreira, coleciona histórias e interesses que vão de Chopin a sinapses cerebrais.
“Acho importante buscar temas que você se interessa, estudá-los, fazer uma verdadeira pesquisa, para, assim, expressar sua visão em suas obras. Esse é o meu conselho para os novos artistas”
Seja como coreógrafo, artista plástico ou dançarino, Christopher Gui afirma que o estudo – e consequentemente a vontade de adquirir conhecimento – é o caminho para se produzir uma grande obra.
– Agora, por exemplo, estou estudando sinapses cerebrais e as pintando.
Sua história com as artes começou aos cinco anos, quando assistiu pela primeira vez ao espetáculo “Lago dos Cisnes”.
– Sempre fui muito criativo e quis trabalhar com Arte. Depois do encantamento pelo balé, me interessei também por Ciências e por Chopin. Quando me interesso por alguma coisa, eu quero saber mais sobre aquilo. Esse é o cerne do meu processo criativo.
Ele aconselha os aspirantes a artistas a darem uma forte atenção à pesquisa e à observação dos temas que os interessem. E, a partir desse olhar, criar a sua visão a partir de novas texturas, cores e formas.
Como autodidata, Gui critica a visão que a sociedade geralmente têm dos profissionais formados dessa maneira.
– Tudo o que você é se define com um diploma.
O artista se tornou muito conhecido no Recreio pelas suas obras e pela sua sacada, um verdadeiro ponto turístico do bairro no fim do ano, quando reúne admiradores de uma boa decoração e de uma vista deslumbrante.
Morador da região há 20 anos, ele afirma serem a energia e a beleza daqui os grandes auxiliadores de seu processo criativo. Ele define o Recreio como “um lugar para se trabalhar com arte”.